Os médicos que trabalharam no Hospital Regional em Sorriso decidiram pela manutenção da greve, que se arrasta desde março deste ano, devido por as mudanças no sistema de gestão da saúde pública pelo Governo do Estado, que consiste na contratação de Organizações Sociais (OS). Os casos urgentes e emergenciais continuam sendo atendidos.
Os profissionais pedem melhorias nas condições de trabalho. Os 52 médicos que atendem pacientes de 15 cidades da região Norte (hospital funciona em sistema de consórcio) também reclamam da falta de pagamento das horas extras. O atraso chega há cinco meses. “Outro dado que chama a atenção é a redução do número de atendimentos, que chaga a 50%”, informa o presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), Edinaldo Lemos.
Ao todo, mais de 500 profissionais no Estado paralisaram os atendimentos ambulatoriais e as cirurgias eletivas por conta da decisão, visto que a medida fere diretamente a principal bandeira de luta da categoria. Os médicos querem a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) específico para os profissionais.
De acordo com o presidente do sindicato, a assessoria jurídica da entidade encaminhará um ofício ao Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que os órgãos competentes tomem as devidas providências.