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Médicos de Várzea Grande paralisam as atividades

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Médicos de Várzea Grande deflagraram, nesta segunda-feira (11), greve por tempo indeterminando. Quarenta por cento dos 350 profissionais, o equivalente a 140 médicos, suspenderam as atividades nas 5 policlínicas e no Pronto Socorro (PS) diminuindo o fluxo de atendimento ambulatorial e de procedimentos eletivos. Eles denunciam perda de até R$ 2,5 mil nos salários, atrasos nos pagamentos e falta de condições para o serviço, como falta de medicamentos básicos e agulhas para aplicar anestesia. Esta é a 3ª vez este ano, que o atendimento é suspenso na cidade.

Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) ingressa com ação na Justiça esta semana na tentativa de garantir 70% de paralisação dos profissionais. A liminar deferida à favor da Prefeitura na sexta-feira (8) pelo juiz Onivaldo Budny determinou que a greve atinja no máximo até 40% do corpo médico, garantindo 60% dos profissionais em serviço para o atendimento à população.

Presidente do Sindimed, Elza Queiroz diz que o mais importante foi a decisão judicial não ter declarado a ilegalidade do movimento, iniciado em outubro de 2011. Segundo a categoria uma série de reivindicações, já cobradas em paralisações anteriores e acordadas com o governo municipal, ainda não foram cumpridas.

Pagamento de valores da Verba Indenizatória (VI) de alguns meses do ano passado, dos adicionais de insalubridade e hora extra não estão sendo honrados. Clínico geral do PS de Várzea Grande, Klewer Antônio da Silva, afirma que teve um quarto do salário reduzido e aguarda pelo direito de férias. Sem data correta para receber o pagamento e condições básicas de trabalho, o profissional reclama da falta de valorização dos serviços.

Faltam materiais para intubação de pacientes e médico especialista em neurologia parou de realizar consultas há 2 anos. O médico relata que os pacientes com derrame e que necessitam de acompanhamentos ficam descobertos. Demora no resultado de exames, principalmente nos fins de semana, é um problema que prejudica o diagnóstico diz o ginecologista Laerte Basso Júnior. Uma gestante que faz ultrassom em uma sexta-feira, por exemplo, consegue o laudo somente na segunda ou terça-feira. O recomendado é obter o resultado no mesmo dia.

Em casos graves de aborto espontâneo o ultrassom é o exame fundamental para indicar ao médico qual procedimento correto a ser realizado, como uma curetagem, por exemplo. Sem o laudo, muitas vezes o médico fica refém do diagnóstico físico, o que coloca em risco a paciente e o bebê. Ainda há relatos de falta de remédios básicos, como Dipirona e Tramal, agulhas para aplicação de raquianestesia e luvas.

Aposentado Claro Pires de Camargo, 73, desconhece as reivindicações da categoria, mas, apoia o movimento, destacando o valor que este tipo de profissional tem para salvar a vida da população. Ele é favorável às reclamações da categoria no que se refere à pontualidade e correção nos salários e sobre a falta de materiais, pois isso tudo é para manter o mínimo necessário ao atendimento dos pacientes.

No aguardo por atendimento no PS com o neto Samuel Camargo Carvalho, 13, Camargo afirma sempre ter sido bem atendido na unidade. Morando no bairro São Simão, ele prefere ir ao hospital ao invés de buscar atendimento em uma policlínica, que fica mais longe.

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