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Médicos de 2 hospitais no Nortão aderem a greve estadual

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Noventa e nove médicos que atendem nos Hospitais Regionais de Sorriso e Colíder aderiram à greve por tempo indeterminado, deflagrada na semana passada, em protesto contra a proposição do secretário estadual de Saúde, Pedro Henry, de mudar o modelo de gestão. Mesmo aderindo ao movimento, as duas unidades não vão paralisar os atendimentos de urgência e emergência. Já os procedimentos básicos como consultas e até mesmo cirurgias já agendadas que não sejam de emergência estão suspensas. Os dois hospitais atendem pacientes enviados por mais de 25 municípios, em sistema de consórcio (com prefeituas bancando parte das despesas).

A diretora do Hospital Regional de Sorriso, Rejane Potrich Zen, explicou que o movimento grevista não deve trazer grandes impactos à população local, devido ao tipo de trabalho realizado pela unidade. 85% dos atendimentos do hospital são de urgência e emergência, ou seja, os serviços que não serão paralisados por serem considerados essenciais.

Agora os outros 15% são de consultas e cirurgias com agendamento que ficarão prejudicados devido a greve da categoria. A diretora não soube informar quantos são os atendimentos de urgência/emergência e procedimentos básicos realizados por dia ou mês pela unidade. No local, trabalham 51 médicos.

O diretor clínico do Hospital Regional de Colíder, Marcelo Sanson, assegurou que todos os 48 médicos lotados na unidade aderiram ao movimento grevista. Assim como o de Sorriso, apenas os casos considerados de urgência e emergência estão normais. Já os atendimentos ambulatoriais há apenas o número mínimo de 30% de funcionamento como determina a justiça.

O diretor expôs ao Só Notícuias que, em média, 80 atendimentos de emergência e urgência são feitos diariamente. Já em relação aos atendimentos ambulatoriais a média varia entre 60 a 80 atendimentos ao dia. Tanto o Hospital Regional de Colíder quanto o de Sorriso recebem moradores de várias cidades do Nortão, em sistema de consórcio.

Conforme Só Notícias já informou, os médicos da rede estadual de Saúde entraram em greve no dia 10. Eles acreditam que a transferência da administração dos hospitais de responsabilidade do Estado para as Organizações Sociais (OS) é uma forma de privatizar o setor. Esta é a primeira grande crise que o atual secretário e o governador Silval Barbosa (PMDB) enfrentam no início do mandato. A decisão atinge cerca de 500 profissionais em todo o Estado.

Pela proposta do secretário, as Organizações de Saúde, que são entidades filantrópicas credenciadas pelo Ministério da Saúde, administrariam as unidades hospitalares com custos em média de 30% menores. Henry disse que o modelo implementado em unidades de saúde de todo o Brasil tem resultados mais do que satisfatório e lembrou que o setor que conduz é dinâmico e exige mudanças constantemente para atender as reais necessidades da população de uma maneira em geral.

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