A Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional informou que a baixa umidade relativa do ar atingiu ponto crítico em Mato Grosso. Alertas foram enviados aos órgãos de defesa civil com a intenção de alertar a população para evitar riscos desnecessários.
Em Sorriso, a Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento, através da médica pneumologista, Simone Gomes de Oliveira, divulgam dicas para manter a saúde neste período de ar seco. “São cuidados simples, que podem garantir o bem-estar e evitar complicações, principalmente os respiratórios”, alerta a médica. Os índices de umidade recomendável, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é que seja acima de 60%.
A médica explica que umidade relativa do ar abaixo de 25%, como acontece em Sorriso, já é considerada baixa e pode causar alguns danos á saúde e ao meio ambiente. “As pessoas que já tem problemas respiratórios acabam se complicando nesta fase do ano, não só pela baixa umidade do ar como devido a outros fatores como a poluição, a poeira, a fumaça das queimadas que também é muito evidente neste período“. Segundo Dra. Simone, os principais sintomas causados pela baixa umidade do ar são: “pele mais ressecada, a pessoas sentem mal estar, indisposição, sonolência, os olhos podem ficar irritados e pode haver sangramento nasal principalmente nas crianças”.
A Secretaria de Saúde alerta que quando há aumento na poluição, e diminui a umidade relativa do ar, há aumento do risco de mortalidade. A médica afirma que as crianças e os idosos precisam de atenção redobrada, pois são mais vulneráveis a essas variações climáticas. “Quem já é portador de asma, bronquite, alergias e enfisema podem ter as crises aumentadas. Porém, existem alguns cuidados básicos que, sendo adotados, evitam a ocorrência de algumas doenças”, explica Dra. Simone.
Segundo a pneumologista, é importante tomar muito líquido, evitar a exposição ao sol no período crítico, entre as 10 e ás 17 horas, evitar atividades físicas ao ar livre, usar roupas leves, evitar lugares onde haja aglomerado de pessoas, evitar a exposição prolongada em ambientes fechados e que tenham ar-condicionado. “As pessoas devem procurar se manter em locais que tenham vegetação e reservatório de água. Dentro de casa, deve-se usar recipientes de água, toalha molhada e, para os que tiverem condições, usar umidificadores e vaporizadores de água. Seguindo essas orientações básicas, as pessoas têm como prevenir algumas dessas intercorrências.”, destaca a médica.