A pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Laboratório Central de Mato Grosso (Lacen) em fevereiro e mês passado, aponta a circulação de uma nova subvariante da ômicron no Estado, a CH.1.1.1 (BA.2.75.X). De 94 amostras, 30 foram positivas para Covid.
“Observa-se que, atualmente, o cenário da Covid-19 é caracterizado pela hegemonia de ômicron e suas distintas sublinhagens, como BA.5.X, BQ.1.X, BA.275.X, XBB.X e agora uma nova subvariante, a CH.1.1.1 (BA.2.75.X)”, diz o pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcântaram da Fiocruz, no relatório da pesquisa.
A diretora do Lacen, Elaine Cristina de Oliveira, avalia que “é imprescindível o constante monitoramento das doenças virais circulantes em Mato Grosso, pois, a partir desse acompanhamento, conseguimos dar suporte para construção de políticas públicas adequadas a cada situação”, diz a gestora.
A diretora ainda explica que as ações de vigilância genômica em Mato Grosso iniciou em outubro de 2021 e, até momento, o Lacen-MT já sequenciou mais de 800 amostras e continua realizando o monitoramento das amostras que são entregues ao laboratório.
Além da análise da Covid-19, a pesquisa em parceria com a Fiocruz também realizou o sequenciamento genético da dengue tipo 1 (Denv 1) e dengue tipo 2 (Denv 2), as mais comuns em Mato Grosso.
Um total de 24 amostras positivas para Denv 1 foram processadas e 100% delas foram identificadas como Genotype V. Conforme Elaine, esse tipo de dengue é um vírus que já circula no Estado. Das 40 amostras positivas para Denv 2, todas eram da linhagem Genotype III, que também já foi identificado no estado.
“Atualmente, os arbovírus estão circulando de forma simultânea com Covid-19 no Brasil, situação que coloca o país no centro das atenções mundiais quando o assunto é saúde pública. Por isso, enquanto estado, precisamos ficar sempre atentos aos cenários e suas mudanças”, acredita Elaine.
De janeiro até o mês passado, o Lacen realizou de forma independente outras duas pesquisas para identificação e monitoramento das variantes da Covid circulantes no Estado. Ao todo, foram sequenciados 56 genomas, provenientes de pacientes sintomáticos e positivado para a doença.
O resultado da análise apontou que 100% das amostras sequenciadas apresentaram a variante ômicron. O estudo mostra que a subvariante BA.2.75.X começa a aparecer em circulação a partir do mês de fevereiro.
As amostras das três pesquisas são provenientes de pacientes dos municípios de Cuiabá, Sinop, Várzea Grande, Sorriso, Rondonópolis, Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde, Colíder, Juína, Santo Antônio do Leverger, Cocalinho, Brasnorte, Confresa, Nossa Senhora do Livramento, Planalto da Serra, Querência, União do Sul, Campo Novo do Parecis, Novo Mundo, Canarana, Itiquira, Nova Ubiratã, Marcelândia, Mirassol D’Oeste, Paranaíta, Barra do Bugres e Nortelândia, informa a secretaria estadual de Comunicação.
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