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Mato Grosso tem 18 municípios prioritários para combater a dengue

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A 2ª Reunião de Avaliação da Macrorregioão Centro-Oeste do Programa Nacional de Controle da Dengue foi ontem, em Cuiabá, com o objetivo de avaliar as atividades realizadas no controle da dengue desde o ano de 2002, quando da implantação do programa, até agora, a reunião contou com a participação de representantes dos Estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso, incluindo, entre os grupos interessados na avaliação, gestores municipais, consultores estaduais para o programa, técnicos da Saúde Coletiva de Mato Grosso e do Ministério da Saúde.

A superintendente de Saúde Coletiva, Cleoni Silvana Kruger, informou que o Ministério da Saúde considerou 18 municípios prioritários para o Programa Nacional no Controle à Dengue (PNCD). Porém, o Estado estendeu para mais 11 cidades com foco para região do Araguaia. O programa Ministerial funciona em diversas frentes, não apenas no ataque ao mosquito, mas também no saneamento domiciliar, na educação para a saúde e na capacitação de recursos humanos, como educadores de saúde, supervisores, agentes de saúde e médicos para a atenção ao doente.

“O Programa Nacional de Controle da Dengue tem a característica de ser linear, o que significa que sua ação é permanente, indo do início ao fim de cada ano”, explicou Cleoni. Na avaliação foram verificados a eficácia, os pontos frágeis e a operacionalização do programa nos quatro Estados da região Centro-Oeste.

O coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, disse que “o combate à dengue é complexo e, além da sensibilidade dos gestores do Estado e dos municípios, depende do engajamento de toda a sociedade no combate aos focos.”

“As ações de controle da dengue fogem do âmbito da Saúde e envolve a participação de outros setores como o saneamento, a limpeza pública, e a própria sociedade organizada. Um exemplo simples é o caso da falta de abastecimento de água. Sem o líquido a população se vê obrigada a fazer uso de depósitos que, na maioria das vezes, são mal cuidados, destampados, favorecendo o aparecimento da dengue”, disse a superintendente. “Atualmente a Secretaria de Estado de Saúde está desenvolvendo, como estratégia, um Plano de Contingência, que contempla todo um aparato logístico para o enfrentamento da doença no período de maior incidência como definição de unidades de referencia, suporte laboratorial e capacitação de profissionais, dentre outras, visando o enfrentamento da doença no período das chuvas, que é a época mais crítica da dengue em Mato Grosso”.

O Estado já definiu seu plano de ação que foi reportado aos representantes do Ministério da Saúde e do Centro-Oeste diante dos números epidemiológicos registrados neste ano. O sistema de informação da Vigilância Ambiental mostrou que larvas do Aedes foram encontradas em 13.667 (38,35% de freqüência) recipientes como tambores, tanques e outros tipos de depósitos de água que ficam no chão. Outras 9.681 (27,16%) foram encontradas vivendo em garrafas, latas e plásticos com água e 4.345 (7,87%) em pneus. Por isso, tudo que possa acumular água, mesmo que seja apenas uma lâmina de três milímetros, o que é mais ou menos equivalente à espessura de uma pulseira metálica de relógio, pode ser um criadouro.

Outra estratégia adotada no Estado é o envolvimento, nas parcerias, dos municípios, dos movimentos populares, das entidades civis organizadas bem como a realização do dia “D”, em 19 de novembro, com mobilização de toda a comunidade. A intenção é que neste dia em que o Brasil fala sobre o assunto todos estejam mobilizados no combate aos criadouros.

As instruções básicas que são tampar as caixas d’água, cisternas, tambores, não acumular lixo no quintal, tirar água dos vasos de planta, deixar as garrafas de boca para baixo, não devem ser esquecidas. A permanência de uma simples casca de ovo, de banana, de abacate, de laranja ou de outra fruta num terreno baldio já favorece o acúmulo de água suficiente para formar um criadouro de mosquitos da dengue.

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