Mato Grosso vem reduzindo o índice de abandono de tratamento da tuberculose desde 1998, quando implantou a estratégia de tratamento supervisionado (DOTS, sigla em inglês para Estratégia do Tratamento Supervisionado da Tuberculose). No ano passado, 1.208 casos novos, em todas as formas pulmonares, positivas, negativas e extra-pulmonar, foram registrados. O índice de cura foi de 59,8%, com uma taxa de abandono de 6,7%. “Trabalhamos para atingir um índice de 85% de cura e menos de 5% de abandono, conforme foi pactuado com o Ministério da Saúde. Para atingirmos as nossas metas temos que contar com todos os parceiros que trabalham com a doença”, disse Jacira Auxiliadora Corrêa, responsável pela área.
A idéia é acolher o paciente, que deve tomar o remédio na unidade de saúde onde a enfermidade é diagnosticada, sendo que um profissional ou outra pessoa da família, parente ou amigo pré-orientado supervisiona o uso do medicamento pelo paciente. O tratamento envolve a ingestão diária de medicamentos por um período de seis meses. Porém a rápida ação do medicamento, que provoca o desaparecimento da tosse persistente e elimina a febre, muitas vezes leva a pessoa acreditar que já está curada e assim ela abandona o tratamento.
Aí os sintomas reaparecem e o paciente volta a procurar o serviço de saúde. Quando esse processo se repete por mais uma vez o doente se torna multirresistente ao medicamento prejudicando cada vez mais a cura. Fique de olho nos sintomas. Tosse com ou sem catarro por mais de três semanas, febre baixa no fim do dia, emagrecimento, perda de apetite, suor à noite, cansaço e dor no peito, pode ser Tuberculose. A doença é grave, mas tem cura. O tratamento, os exames médicos de descarro e os medicamentos são realizados nas unidades de saúde da rede Sus e são gratuitos.