A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos. É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue: glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Os principais beneficiados com o transplante são os pacientes com leucemia; linfomas e doenças autoimunes.
Em Mato Grosso existem aproximadamente 38 mil doadores cadastrados no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), mas ainda são necessários outros dez mil doadores para ampliar e diversificar o acesso ao banco de dados e garantir assim uma chance maior de salvar vidas. Quem está no cadastro e mudou de endereço ou de contato telefônico, precisa atualizar os seus dados cadastrais, para manter-se ativo.
Para ser doador de medula óssea é preciso ter entre 18 anos e 55 anos, porém quanto mais jovem maior o tempo de permanência no banco nacional de doadores, destacou a assessora de direção do Hemocentro de Cuiabá, Cleoni Silvana Kruger. “Por essa razão é que precisamos realizar a campanha de chamamento de novos doadores, todos os anos, para manter o cadastro ativo por mais tempo”.
O Hemocentro juntamente com a Assembleia Legislativa e a Câmara de Cuiabá promovem neste mês audiências públicas para sensibilizar a população em geral sobre a necessidade e importância de ser um doador de medula óssea. A programação será desenvolvida no período de 22 a 28 de maio e prevê ainda a realização de campanha publicitária para atingir um universo maior de possíveis doadores.
Além desses eventos, o Hemocentro preparou um espaço específico para atender aos doadores de medula, na unidade de Captação de Doadores, na Rua 13 de Junho, 1055 – Porto – Cuiabá, que funciona segunda à sexta-feira, das 07h às 17h30, e na unidade de coleta do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, na Rua General Vale, 182, bairro Bandeirantes, de segunda à sexta-feira, das 08h às 17h. Não há custos financeiros e nem risco de saúde para o doador de medula óssea.
A secretaria de Saúde do Estado está providenciando o credenciamento no REDOME de 16 unidades de saúde no interior, junto ao INCA – Instituto Nacional do Câncer, para ampliar o acesso do doador ao banco do REDOME.
“Precisamos ampliar a representatividade de doadores, especialmente entre os quilombolas e indígenas, e aumentar a chance de vida para os receptores que precisam da medula óssea e que estão na fila de espera”, ressaltou Cleoni Silvana Kruger.