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Mato Grosso notifica dois primeiros casos de febre amarela

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Mato Grosso notifica os dois primeiros casos de febre amarela neste contexto de epidemia que preocupa o Brasil. Um deles está em investigação e o outro já foi descartado, segundo consta no boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde na noite desta quinta-feira (30). O boletim, que é atualizado toda semana, confirma 574 casos da doença no país. Ao todo, foram notificados 1.987 casos suspeitos, sendo que 487 permanecem em investigação e 926 foram descartados. Dos 282 óbitos notificados, 187 foram confirmados, 71 ainda são investigados e 24 foram descartados.

A preocupação com esta epidemia provocou aumento de cerca de 140% na imunização contra a doença no Estado no início do ano, nos dois primeiros meses, antes da notificação de casos. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram aplicadas 29.426 doses em janeiro e fevereiro de 2016, contra 69.711 doses aplicadas de janeiro até 28 de fevereiro deste ano.

Coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Flávia Guimarães afirmou, na noite de ontem, que não tinha conhecimento dos casos divulgados pelo Ministério da Saúde de febre amarela e, por isso, só poderia falar sobre o assunto nesta sexta-feira.

De acordo com o boletim, as notificações teriam ocorrido em municípios diferentes, mas não são apontados os nomes das cidades.

A médica infectologista Zamara Brandão avaliou que o aumento na busca da vacina, antes de qualquer notificação no Estado, ocorreu por causa do surto da doença em Minas Gerais, que já trouxe preocupação aos mato-grossenses, que é uma região endêmica. Além disso, aqui existe o problema do Aedes Aegypti. “O mesmo mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya, transmite a febre amarela e os cidadãos precisam se conscientizar em cuidar do ambiente que vivem para evitar essas doenças”, aconselha Brandão, que lembra que a vacina é a melhor forma de prevenção.

Na avaliação da infectologista, quem tem dúvida se precisa tomar a vacina ou perdeu a caderneta deve procurar uma unidade de saúde. Ela explica que a vacina contra febre amarela pode ser aplicada a partir dos seis aos nove meses de idade e tem acima de 90% de eficácia, seguindo o esquema vacinal corretamente. “No caso de gestantes, pessoas acima de 60 anos ou que tenham doenças que apresentam baixa resistência, é aconselhável consultar um médico para saber da possibilidade de ser vacinado”.

Sabendo disto, os pais de Arthur, de 9 meses, foram ao Centro de Saúde do Jardim Independência imunizar o filho. A mãe, Andressa Xavier, 27, tomou vacina contra a febre amarela durante o pré-natal e o pai, Evandro Siqueira, 27, por trabalhar na área de saúde precisa estar com a caderneta de vacinação em dia.

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