O novo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, divulgado, hoje, durante evento de celebração dos 30 anos do Dia Mundial de Luta contra a Aids, em Brasília, revela que no período de 2014 a 2017, houve uma redução no coeficiente de mortalidade em Mato Grosso, que caiu 6 óbitos por 100 mil habitantes, em 2014, para 5,6 óbitos em 2017, o que representa uma redução de 6,6%. Em relação aos casos desde o ano de 2014, observa-se redução da taxa de detecção no Estado. Eram 25,6 casos por cada 100 mil habitantes, em 2014, e em 2017, são 22,3 para cada 100 mil habitantes, o que representa uma redução de 12,9%.
No total, 21 estados apresentam redução na taxa de mortalidade: AM, RR, PA, AP, TO, MA, PB, PE, AL, SE, BA, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS, MT e o DF. Cinco estados apresentam aumento: Rondônia, Acre, Ceará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul. Os estados do Piauí e Goiás mantiveram a mesma taxa de mortalidade entre 2014 e 2017.
“Já com relação ao Brasil, o país chega aos 30 anos de luta contra o HIV e aids com queda no número de casos e óbitos. A garantia do tratamento para todos, lançada em 2013, e a melhoria do diagnóstico contribuíram para a queda, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento”, apontou o Ministério da Saúde.
Ao comentar os novos dados, o ministro Gilberto Occhi, destacou que além de celebrar as conquistas na ampliação da assistência, é preciso refletir sobre a importância da prevenção. “O Brasil tem dado a sua contribuição no combate à doença, com a garantia de tratamento e oferta de testes para identificar o vírus, mas é preciso conscientização da população, principalmente dos jovens sobre a necessidade da prevenção. Só com uso de preservativos, vamos evitar e combater o HIV e a aids”, explicou.
No país, em quatro anos, a taxa de mortalidade pela doença passou de 5,7 por 100 mil habitantes, em 2014, para 4,8 óbitos em 2017. Os novos números da epidemia revelam que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil, um registro anual de 40 mil novos casos. Em 2012, a taxa de detecção de aids era de 21,7 casos por cada 100 mil habitantes e, em 2017, foram 18,3, queda de 15,7%. Na comparação com 2014, a redução é de 12%, saiu de 20,8 para 18,3 casos por 100 mil habitantes.