Dando continuidade às investigações referentes ao medicamentos vencidos, Prefeitura de Várzea Grande anunciou que foram encontradas mais de duas toneladas de remédios com o prazo de validade ultrapassado, em salas do Centro de Controle de Zoonoses, Guarda Municipal e nas unidades de saúde. Assim como aconteceu com os 400 mil medicamentos vencidos encontrados no Central de Abastecimento e Distribuição de Medicamentos (Cadim), a nova leva está sendo encaminhada para depósito do Município, para armazenamento e catalogação. Logo após, será feito relatório e enviado ao Ministério Público Estadual (MPE).
De acordo com o secretário de Saúde do Município, Cássius Clay, além dos medicamentos foram encontrados no Centro de Controle de Zoonoses equipamentos hospitalares sucateados. Aparelhos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTIs) Neonatal, camas hospitalares, armários, raios-x e aparelho de foco cirúrgico jogados em um canto da unidade. “Pelas condições em que se encontram, acreditamos que quando foram deixados lá ainda tinham condições de uso e ajudaria a amenizar a situação complicada em que se encontra a saúde em Várzea Grande, beneficiando diretamente a população. Infelizmente, mais uma prova do descaso da gestão anterior”.
Clay acrescenta que ao contrário do que foi dito pelo ex-prefeito Walace Guimarães e o ex-gestor da Saúde, Daoud Abdallah, não houve uma equipe de transição que expusesse os problemas enfrentados pela pasta informando que havia medicamentos vencidos no Cadim e em outros locais. “Não avisaram. Pegamos a secretaria em situação de extrema bagunça. Medicamentos armazenados onde não deveria, sem listagem de controle de entrada e distribuição e comprados na gestão anterior”.
Na nova remessa foram encontrados medicamentos que deveriam ser utilizados para tratamento de doenças como epilepsia, parasitose intestinal, úlcera, gastrite, infecção urinária, dor e febre. “Remédios de extrema importância à saúde pública e que foram comprados com o dinheiro do munícipe. A cada descoberta negativa é confirmada a má administração do dinheiro público. Vamos continuar investigando e levando essas situações aos órgãos competentes para que sejam tomadas as medidas cabíveis”.
O secretário pontua que não há tempo previsto para a conclusão de catalogação, uma vez que são muitos medicamentos, mas destaca que toda a equipe está focada em finalizar o processo o quanto antes para saber o real prejuízo ao erário e encaminhar ao MPE.