PUBLICIDADE

Mais de 98% das mulheres fazem consultas pré-natais no Centro-Oeste

PUBLICIDADE

Um dos grandes avanços evidenciados pela Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2006 (PNDS-2006), financiada pelo Ministério da Saúde, na região Centro-Oeste foi o acesso de quase 100% das mulheres aos serviços de saúde na hora do parto. Em 1996, 1,7% das mulheres grávidas teve filhos em casa. Em 2006, esse número caiu para 0,5%. Nesses dez anos, aumentou o número de mulheres que fizeram o pré-natal. Em 1996, 8,3% não haviam feito nenhuma consulta pré-natal. Em 2006, esse número caiu para 1,8% das mulheres. O acompanhamento médico na hora de nascimento do bebê passou de 92%, em 1996, para 95,2% em 2006.

Em dez anos, a taxa de fecundidade das brasileiras que vivem no Centro-Oeste caiu de 2,3 para 2 filhos por mulher. Apesar de ter maior acesso a contraceptivos, o número de mulheres da região em idade fértil que faz uso de algum método teve uma queda tímida: passou de 84,5% para 83,5% entre 1996 e 2006. No entanto, mais que quadruplicou o número de mulheres cujos parceiros utilizam preservativo masculino: de 2,3% para 10,8%.

Assim como as demais brasileiras, as do Centro-Oeste iniciam a vida sexual mais cedo. Os dados apurados pela PNDS-2006 mostram que caiu de 18,9 anos para 17 anos a idade da primeira relação sexual. Essa mudança de comportamento resultou em aumento no número de grávidas ou mães com idades entre 15 e 19 anos. Em 1996, as jovens da região que afirmaram estar grávidas do primeiro filho, à época da entrevista, correspondiam a 4% das entrevistadas. Em 2006, esse percentual passou para 5,4%. As jovens que afirmaram ser mães, em 1996, representavam 13% da população, número que aumentou para 20,5% em dez anos (leia quadro abaixo).

A precocidade na vida sexual rejuvenesceu o padrão reprodutivo. Em 1996, a média de idade para o primeiro filho era de 21,2 anos. Dez anos depois, passou a ser de 20 anos.

O aumento na distribuição gratuita de contraceptivos contribuiu para essa tomada de decisão. O acesso mais amplo aos métodos implicou redução da esterilização das mulheres. Em 1996, 59,5% das mulheres com parceiros fixos foram esterilizadas. Em 2006, o índice caiu para 38,9%. Em contrapartida, em dez anos, mais que dobrou a participação masculina na anticoncepção. No período, esterilização masculina passou 1,5% para 3,9%.

A PNDS-2006 investigou a ocorrência, em mulheres férteis da região, de enfermidades como hipertensão (13%), diabetes (1,3%) bronquite/asma (7,4%), depressão/ansiedade/insônia (15,6%), anemia (24,8%), artrite/reumatismo (5,4%) e vaginite/vulvo-vaginite (24,6%). A consulta revelou que mais de 90% das entrevistadas afirmaram ter acesso aos medicamentos para o tratamento.

As infecções respiratórias e as ocorrências de diarréia em crianças da região Centro-Oeste diminuíram nos dez últimos anos. Nas duas semanas anteriores à pesquisa, em 1996, 10,4% das mães afirmaram que seus filhos haviam tido diarréia. Em 2006, o número de crianças com diarréia, no mesmo período perguntado, caiu para 8,4%. O uso do soro caseiro aumentou nesse período e, em 2006, 34,5% das mães disseram ter feito uso dessa alternativa, contra 21% em 1996.

Os quadros de infecção respiratória (febre e tosse) nas duas semanas anteriores à pesquisa apresentaram quedas importantes. Em 1996, 28,8% das crianças haviam tido febre e 52,6%, tosse. Dez anos depois, o percentual de febre caiu para 20,4% e o de tosse para 32,4%.

A PNDS-2006 revelou queda também no déficit de peso entre as crianças com até 5 anos de idade da região. Em 1996, o déficit de altura versus idade em crianças com até 5 anos atingia 10,9% dessa parcela da população. Em 2006, o percentual caiu para 5,7%. O déficit de peso versus altura caiu de 2,9% para 1,1%.

Na região Centro-Oeste, em 2006, 2,3% das crianças nunca foram amamentadas. Em compensação, o número das que foram amamentadas na primeira hora após o nascimento, em 2006, foi maior que nos dez anos anteriores: 39,7% contra 29,5%. O aleitamento nas primeiras 24 horas depois do parto, entre as crianças alguma vez amamentadas, alcançou praticamente a totalidade em 2006 (99,5%), contra os 73,2% apurados uma década antes. A mediana de duração da amamentação exclusiva em crianças com até 35 meses de idade (<3 anos) mais que triplicou, passando de 0,7 meses, em 1996, para 2,46 meses, em 2006. Na avaliação do estado nutricional das mães, apenas 3,8% das mulheres da região apresentaram déficit de peso. A PNDS-2006 revelou também que 45,1% delas estão com excesso de peso e 15,1% obesas. Em relação à circunferência da cintura, 51,1% delas estão com 80 cm ou mais. E entre as mulheres com mais de 88 cm, o percentual é de 29,5%. O acesso à alimentação em quantidade e qualidade suficientes esteve presente em 65,9% dos domicílios da região. A insegurança alimentar grave (restrição quantitativa e qualitativa de alimentos que provoca fome), nos três meses que antecederam a pesquisa, foi verificada em apenas 3,2% dos domicílios do Centro-Oeste. No meio urbano, a insegurança alimentar afeta 3,0% dos domicílios, e no rural, 4,6%.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Pesquisadores desenvolvem software para monitoramento da tuberculose em Mato Grosso

Projeto que está em desenvolvimento pelo Laboratório de Pesquisa...

Campanha de doação de sangue será sábado em Lucas do Rio Verde

A nova campanha de doação de sangue em Lucas...

Caminhão do Amor oferta exames gratuitos para mulheres em Sorriso

O caminhão do Hospital do Amor está em Sorriso...
PUBLICIDADE