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Mais de 90% das amostras coletadas são positivas para transmissores de dengue em Sinop

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

O Centro de Combate às Endemias da secretaria de Saúde de Sinop confirmou, hoje, que 96% das amostras de larvas de mosquitos coletadas durante as vistorias nas residências são positivas para Aedes Aegypti, transmissor da dengue e outras doenças. O resultado tem como base apenas uma análise feita entre 1º do mês passado até ontem quando de 530 amostras coletadas e enviadas ao laboratório do centro, 510 positivaram.

Conforme o coordenador do Centro, Jorge Bevilaqua, as amostras são coletadas em cada vistoria. É pelo menos um tubo por imóvel com aproximadamente 10 larvas, possivelmente de Aedes. Essas amostras são encaminhadas ao laboratório para que a confirmação ocorra. “Estas amostras são os focos dentro dos quintais. Os depósitos de água que a população deixa em suas casas, seja objetos descartados ou objetos ainda em uso, vasos de flor, pneus, latas, baldes, piscinas, caixas d’água sem tampas, embalagens de marmitas, sacolas, móveis velhos, ralos, entre outros”, destacou.

Bevilaqua explica, ainda, que uma fêmea contaminada não só transmite a dengue como, também, já coloca seus ovos contaminados com o vírus. “Ou seja, todos os mosquitos que nascerem, terão a dengue pronta para ser transmitida”.

Para que os casos de dengue não aumentem, é fundamental que a população faça a sua parte. “Precisamos que as pessoas cuidem de seus quintais, que eliminem os depósitos que acumulem água, que assumam a responsabilidade que de fato é da população”, ressaltou.

Entre os dias 22 e 26 do mês passado, os agentes de combate às endemias fizeram o terceiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) do ano e, conforme a análise, o índice de infestação atingiu 9,2%, percentual bem acima do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 1%.

“Nós fizemos o levantamento de índice rápido e a infestação predial deu que, a cada 100 casas, 10 está com foco. Ou seja, a cada 10 casas, uma está com foco. Então, em um quarteirão que tenha 40 casas, tem pelo menos 4 focos naquele quarteirão. O risco de termos uma epidemia de dengue é absurda. E, infelizmente a limpeza desses quintais, a destruição destes focos é única e exclusiva do proprietário, do morador que está lá. É algo que está além da nossa capacidade enquanto agentes”, enfatizou Bevilaqua.

O LIRAa é um levantamento rápido executado em todos os municípios do Brasil e que já está pré-estabelecido no calendário anual do Ministério da Saúde, pois serve para controle e avaliação do índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika vírus e Chikungunya. Ele é feito de 3 a 4 vezes no ano. No levantamento anterior, realizado em junho, o índice estava em 0,7%.

O mutirão de combate a dengue, iniciado em setembro e com término previsto inicialmente para novembro, deve continuar em dezembro. Conforme a programação, devem ser percorridos ainda os bairros Maria Vindilina, Boa Esperança, Jardim Violetas, Residencial Jequitibás, Jardim Imperial, Camping Club e, também, a região central.

Conforme análise preliminar do setor, pelo menos 19 bairros já receberam os agentes durante o mutirão. Até início de novembro, foram mais de 102 mil visitas feitas, 630 mil depósitos (ou seja, objetos ou locais que podem servir de criadouro para o mosquito) inspecionados, sendo que ao menos 50 mil foram eliminados.

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