Alguns médicos que trabalhavam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e no Pronto Atendimento (PA) do Hospital Regional deixaram os cargos e retiraram suas equipes nas últimas duas semanas. Um dos profissionais disse, em entrevista, ao Só Notícias, que são cinco meses de salários atrasados do período que da fundação Santo Antônio administrou a unidade, mais 5 meses do Instituto Gerir e do primeiro mês após intervenção da secretaria de Estado de Saúde (SES). Porém, preferiu não apontar os valores.
“Saíram em média 18 pessoas do Pronto Atendimento. Já dá unidade intensiva também saíram cerca de 10 profissionais. A nossa equipe saiu na semana passada. Mais 30 profissionais que deixaram o hospital. O pessoal não está recebendo salários. O período que a Gerir administrava o hospital não nos pagou, que dá 5 meses. Antes disso, tínhamos salários atrasados com a fundação, que são mais cinco meses. Agora, tem o primeiro mês do Estado”, disse o médico.
Conforme Só Notícias informou, o governador Mauro Mendes (DEM) decretou, em janeiro, intervenção estadual no Hospital Regional de Sinop. Ao justificar a intervenção, Mauro apontou uma série de “inexecuções indevidas” no acordo temporário firmado, em maio do ano passado, entre a secretaria e o Instituto Gerir. Segundo ele, a empresa descumpriu “gravemente” o contrato, ao não fazer, por exemplo, a retenção de um percentual mínimo de 3%, que seria utilizado para “provisões, rescisões e reclamatórias trabalhistas”.
No mesmo dia, o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, esteve no Hospital Regional e anunciou as medidas após a intervenção estadual.
Outro lado
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que, “de acordo com a diretoria clínica do Hospital Regional, a unidade hospitalar funciona normalmente e atende a todas as demandas de atendimento – englobando os serviços prestados pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pelo Pronto Atendimento e pelas equipes de Neurologia, Cirurgia e Clínica Médica”.