A Secretaria de Estado de Saúde alerta a população para a situação da dengue nesta estação das chuvas. É uma época em que o mosquito Aedes aegypti se reproduz mais rapidamente em conseqüência das águas limpas e paradas. O Estado, por meio da vigilância em saúde, vem sistematicamente monitorando e controlando a proliferação do mosquito e, consequentemente, a doença. Os municípios já fazem sua parte no trabalho de casa em casa, orientando a população para o combate do vetor e o diagnóstico e tratamento da dengue.
O Estado convoca a população mato-grossense para colaborar nesta ação pelo fato de a dengue ser uma doença cujo transmissor vive na área urbana e seus criadouros se encontrarem nos domicílios.
Neste ano, Mato Grosso notificou 8.895 casos de dengue, sendo 4.310 confirmados. Também foram registrados 16 casos de dengue hemorrágica, com quatro óbitos. A Secretaria de Estado de Saúde, no mês passado, reuniu 30 municípios considerados prioritários para o controle da dengue, e técnicos dos 14 Escritórios Regionais de Saúde, na promoção e avaliação das questões do controle do vetor, bem como da assistência médica ao paciente.
A superintendente da Saúde Coletiva do Estado de Mato Grosso, Silvana Kruger disse que o Programa Estadual de Controle da Dengue aponta ações que são desenvolvidas de forma contínua, durante o ano todo, no combate do vetor, que contribui para redução dos casos da doença, campanhas educativas estadual, além de contar com suporte laboratorial e capacitação para médicos, enfermeiros e técnicos da saúde para o diagnóstico e manejo clínico da dengue. “No decorrer do ano de 2005 todas essas etapas foram cumpridas para a chegada deste período de chuvas, que é o período em que a doença aparece com mais freqüência, por ser Verão e época de chuvas. O Estado e os municípios estão em alerta para o enfrentamento da dengue, onde gestores e a população foram sensibilizadas para o fato”, disse ela.
Os municípios de Água Boa, Gaúcha do Norte, Ribeirão Cascalheira, Canarana, Alta Floresta, Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Várzea Grande, Barra do Garças, Araputanga, Cáceres, Mirassol D’Oeste, Diamantino, Rosário Oeste, Guarantã do Norte, Peixoto de Azevedo, São José do Xingu, Paranatinga, Primavera do Leste, Rondonópolis, Nova Mutum, Marcelândia, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, Barra do Bugres e Tangará da Serra receberam implementação do Programa Estadual de Controle da Dengue, por serem considerados prioritários para o Estado, de acordo com as ocorrências.
Silvana Kruguer alertou para o fato de que se deve evitar a auto-medicação. “Comprar remédios por conta própria e tomá-los sem receita médica, no combate da dengue, não apenas é um perigo como pode causar a morte da pessoa. Porque a dengue tem sintomas parecidos com outras doenças, como a gripe e a febre amarela. É importante lembrar que esses sintomas aparecem ao mesmo tempo causando confusão em caso de auto-diagnóstico. A gripe e a dengue são exemplos. As duas doenças têm os mesmos sintomas: dor de cabeça, dores no corpo e febre alta. Porem a dengue apresentar quadros de náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele e, mais grave ainda, sangramento de gengivas e narinas bem como dificuldade para respirar e diminuição da urina. Nesses casos pode-se suspeitar da dengue hemorrágica. Daí a necessidade de se procurar um médico, na Unidade de Saúde mais próxima, para o diagnóstico correto”, afirmou.
PREVENÇÃO – A prevenção da dengue se faz pela higiene absoluta do ambiente. Isso inclui limpeza de quintais, evitar acúmulo de água em recipientes como garrafas, pneus, vasos de plantas e latas onde a água possa ficar parada. Os pneus devem ser eliminados, as garrafas devem ser viradas de boca para baixo e colocadas em lugar em que não possam acumular água, os depósitos de água dos vasinhos de plantas devem ser enchidos com areia. As caixas d’água devem bem fechadas com tampas.
Silvana Kruguer lembrou também, que “quando se fala em limpeza de quintais a idéia é tirar do lugar todo lixo e qualquer coisa que possa acumular uma lâmina de água de até três milímetros de água, o que equivale à grossura de metade do cabo de uma faca de mesa. Assim, cascas de frutas como a laranja, o abacate, a banana, tampinhas de garrafas de refrigerantes, sapatos e tênis velhos, são todos lugares que podem juntar uma quantidade mínima de água, tornando-se, favoráveis para a proliferação do Aedes aegypti”.