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Lixo do Carnaval preocupa governo em ações no combate ao mosquito da dengue

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Faltando menos de uma semana para o início do Carnaval, a alta incidência de dengue e com um histórico de muito lixo deixados nas ruas pelos mato-grossenses após as festas, a preocupação com o aumento nos casos de dengue, zika e chikungunya é grande no Estado. A Sociedade Brasileira de Infectologia alertou o país que nessa época do ano, com o início das chuvas, a maior aglomeração de pessoas e maior quantidade de lixo nas ruas, as chances de potenciais criadouros aumentam. Com esse risco, a Secretaria de Saúde na capital e a Secretaria de Estado de Saúde estão reforçando o alerta aos foliões e também as ações de combate ao Aedes aegypti. De acordo com coordenadora de vigilância em saúde ambiental da SES, Ludmila Sophia de Souza, a preocupa- ção é real já que o ambiente será propício para a proliferação do mosquito.

Segundo ela, a secretaria vai emitir um comunicado aos municípios do Estado pedindo para que eles tomem providências o quanto antes em relação ao lixo que será produzido durante as festas. “Precisamos mobilizar e intensificar a ação especialmente nesse período. Não podemos baixar a guarda”. A responsável técnica pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Cuiabá, Moema Couto Silva Blatt, alerta também para a grande preocupação quanto à transmissão do zika vírus que está relacionado à microcefalia, dentre outras consequências graves como a síndrome de Guillain Barré, já que no período o risco de gravidez indesejadas é maior. Conforme ela, a sociedade precisa continuar em alerta, em especial as pessoas que vão participar das festas de Carnaval, para que colaborem no controle do mosquito, evitando deixar água parada, jogar lixo nas ruas, além do uso de preservativos nas relações sexuais. “A sociedade precisa fazer a sua parte também no controle. Usar camisinha é essencial, não só por causa das doenças sexualmente transmissíveis, que também aumentam nessa época, mas também pelo risco de microcefalia”. 

Dados- Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, os casos de microcefalia relacionados ao zika em Mato Grosso chega já chegam a 110. Já o número de notificações quanto a dengue é de 2.923, um aumento de 256% em relação ao mesmo período no ano 2015.

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