Em Mato Grosso, cerca de 70,9% das crianças até 14 anos viviam sem acesso ao esgotamento sanitário de rede geral ou fossa séptica no ano passado. Outras 21,3% viviam sem acesso ao abastecimento de água de rede geral. Os percentuais mato-grossenses são os maiores entre os estados que compõe o Centro-Oeste, ficando acima até mesmo do percentual no país
Em 2014 o percentual de crianças nessa faixa etária sem o acesso ao esgoto era maior e chegou a 76,6%. Já o percentual de crianças sem acesso ao abastecimento de água era de 20,2%. O sociólogo Naldson Ramos explica que as questões sanitárias devem ser prioritárias já que são de extrema importância para o desenvolvimento das crianças e também para a qualidade de vida. “Elas implicam diretamente na formação, assim como na questão da saúde não apenas das crianças como também das famílias”.
POBREZA – Após dois anos em queda o número de pessoas vivendo na faixa de pobreza voltou a crescer em Mato Grosso no ano passado. De acordo com o IBGE, em 2013, 4,2% da população de Mato Grosso vivia em extrema pobreza e 14,5% em pobreza absoluta. Já em 2014 esse percentual caiu para 3,2% e 11,8% respectivamente, voltando a subir em 2015 para 3,4% e 16% respectivamente. A maioria dos mato-grossenses, 32,6%, tem renda percapita de 1/2 até 1 salário mínimo.
Os dados apontam que Mato Grosso tem o maior número de pessoas em pobreza absoluta no Centro-Oeste, com 16% seguido de Goiás com 15,3%, Mato Grosso do Sul com 13,8% e Distrito Federal com 9,7%. (DV)