Deputados estaduais que integram a Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social questionaram o interventor do Hospital Regional de Sinop, Manuelito da Silva Rodrigues, e o administrador da Organização Social de Saúde (OSS), Wellington Randall Arantes, ontem, sobre o prazo para o pleno funcionamento da unidade de saúde. Porém, nenhum dos dois lados apontou uma previsão concreta de quando o hospital passará a funcionar em sua capacidade total.
De acordo com informações da assessoria da Assembleia, Arantes informou apenas que há uma previsão de conclusão da aquisição de todos os equipamentos necessários para a unidade em janeiro de 2015. No entanto, isso não significa que o hospital passará a funcionar plenamente.
O presidente da comissão, deputado Antônio Azambuja (PP), questionou o interventor sobre as conclusões das investigações. Rodrigues afirmou que era prematuro fazer julgamentos, pois ainda não estava de posse de todas as informações necessárias. Ele também admitiu que houve pendências tanto do governo quando da OSS, falta de diálogo para resolver algumas questões e viabilizar parte dos serviços, além de limitações da OS em prestar alguns serviços.
O curador jurídico da Fundação de Saúde Comunitária de Sinop, a OSS que administrava a unidade antes da intervenção, advogado Cláudio Alves Pereira, criticou a atitude do governo que “não cumpriu a sua parte e ainda enviou uma intervenção”.
O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) criticou a falta de perspectiva de funcionamento total da unidade e a inoperância do atual governo com a saúde. Ele lamentou que mesmo com recurso disponível o governo não conseguiu entregar o hospital à população. “ É lamentável. Faltou compromisso do governo que tem uma gestão pífia na saúde”.
O requerimento para confrontar os dois lados sobre a unidade partiu de Dal Bosco. O Hospital Regional teve seu prédio inaugurado em 2008 e até hoje não funciona em sua totalidade. A prefeitura era responsável pelo local e autorizou a regionalização. O governo do Estado se comprometeu em adequar o prédio e comprar os equipamentos necessários para colocá-lo em funcionamento.
O Ministério da Saúde chegou a liberar um repasse de R$ 10 milhões para a compra do equipamento, segundo informações do próprio governo. Porém, até agora, o hospital funciona parcialmente.