O Hospital Regional de Colíder, localizado na região Norte de Mato Grosso implanta, nos próximos dias, o complexo para o atendimento humanizado que comporta uma brinquedoteca, espaço arborizado usufruído por pacientes em fase de recuperação, junto com seus familiares, podendo tomar banho de sol, se movimentar, usufruindo de um ambiente aberto adequado que contribui na recuperação mais rápida. O complexo possui ainda um auditório que servirá para capacitação dos servidores públicos da rede SUS da região, além da implantação do Projeto Biblioteca Hospitalar que conta com a participação da população, editoras, funcionários na doação dos livros.Este Projeto proporcionará aos pacientes, familiares e servidores cultura, pesquisa, conhecimento e entretenimento.
“Esse espaço cumpre a adoção da Política de Humanização, preconizada pelo Ministério da Saúde, por parte do Hospital Regional de Colider, dando as condições de cidadania, associada ao modelo de tratamento humanizado, proporcionando respostas rápidas ao tratamento, gerando assim menor tempo de internação e qualidade no atendimento ao usuário do SUS”, disse a diretora geral do hospital, Jucineide Oliveira Silva.
Segundo a diretora Jucineide Oliveira Silva, o Hospital Regional atende aos municípios pertencentes ao consórcio intermunicipal da região Norte mato-grossense, que abrange seis municípios, e ainda os municípios pertencentes as regionais de Alta Floresta e Peixoto de Azevedo,com cobertura populacional de 200 mil habitantes, fora o atendimento às etnias indígenas sob a tutela da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que são os Kaiapó, Kaiabi, Pamará, Terena, Juruna, Trumai, Apiara com abrangência para a região do Xingu.
A implantação desse complexo vem atender a uma necessidade peculiar da região que têm as comunidades indígenas que, dentro de seus costumes, não conseguem ficar em ambiente confinado. De acordo com a cultura indígena, mães e pais acompanham o doente no seu tratamento, Quando passado a fase crítica do atendimento das patologias, eles precisam de ar livre para melhor recuperação. Agora, no local adaptado e em integração com os outros pacientes, eles se sentem mais à vontade e motivados a melhorar.
“Nós procuramos aprimorar a nossa gestão, garantindo saúde com acesso e qualidade na assistência. Quando adotamos a proposta da Política Nacional de Humanização, em que uma das diretrizes é melhorar o ambiente hospitalar com características acolhedora, é o que fizemos com o Complexo. E com isso visamos a recuperação mais rápida dos pacientes e reforçamos o atendimento da saúde na rede SUS enquanto direito fundamental do ser humano na recuperação da saúde”, justificou Jucineide Silva.
Nesse sentido o serviço de atendimento a pediatria também passou por transformações. Uma sala foi adaptada para o atendimento às crianças indígenas, dotadas de infraestrutura para este atendimento diferenciado, com brinquedoteca para atividade de lazer, de pintura bem como de montagem lúdica onde a criança e as mães ficam à vontade para conversar entre si nos seus idiomas e costumes. E o outro espaço, também nas mesmas condições, atende os demais usuários do sistema com atendimento personalizado à criança.
Segundo a diretora o Hospital Regional é dotado de infraestrutura para atender a Pediatria, com cinco UTIs Neonatal e projeto de implantação de mais cinco leitos de UTI infantil, além de atendimento especial a gestantes de alto risco.
O projeto de atendimento humanizado vai abranger, em breve, a maternidade, onde teremos espaços de acordo com as regras do Ministério da Saúde para o acompanhamento da parturiente, inclusive na hora do parto. A exemplo o Hospital, somente no ano de 2007, fez 500 partos significando que as crianças estão nascendo nas suas regiões.
Jucineide Silva disse que a Ala Pediátrica foi aprimorada com a redistribuição do espaço físico e a transferência do Berçário, onde o atendimento neonatal passou a funcionar junto à Pediatria o que facilitou o acompanhamento médico-hospitalar, onde essas mudanças ocorreram nos últimos dois anos, seguindo a orientação do Secretario de Saúde, Augustinho Moro, de promover a política de interiorização de modo a otimizar os problemas, ampliar serviços e, acima de tudo, absorver a demanda na região naquilo que o hospital é capaz.