sexta-feira, 20/setembro/2024
PUBLICIDADE

Greve dos dentistas passa de 100 dias e sindicato ataca demissões

PUBLICIDADE

A Prefeitura de Cuiabá e o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso (Sinodonto) retomaram as negociações para tentar dar um fim à greve. O diálogo aconteceu após a Secretaria Municipal de Saúde ter ficado à frente das discussões. Na gestão Wilson Santos, as reuniões se limitavam à pasta de Planejamento e ao próprio prefeito.

Na reunião de ontem à tarde, um primeiro embate foi resolvido: a demissão dos 55 dentistas contratados. O secretário Maurélio Ribeiro afirmou que as demissões aconteceram por causa de uma exigência do Ministério Público Estadual (MPE), para que a situação destes servidores fosse regularizada. Ribeiro disse que o lotacionograma (gráfico organizacional) passará por uma revisão dos técnicos da SMS.

Em contraposição a dispensa, a Prefeitura de Cuiabá irá promover até o final de 2010 um concurso público para contemplar 20% dos contratados existentes na rede de Saúde. A previsão para a data do certame, no entanto, não foi definida.

O presidente do Sinodonto, Gustavo Moreira de Oliveira, não se pronunciou até o fechamento desta edição porque, após a reunião com o secretário Maurélio Ribeiro, os cirurgiões dentistas fizeram uma assembleia para definir o rumo da greve.

Efeito – Enquanto a paralisação não termina, as clínicas odontológicas públicas de Cuiabá continuam vazias. "Se o setor de urgência e emergência está funcionando 100% fica difícil a população se manifestar. Porque eles vêm aqui e o dentista tira a dor. Um tratamento, muitas vezes, não é urgente. Por isso, o paciente prefere esperar em casa. Tem o número da Ouvidoria de Cuiabá, mas eles não telefonam", disse um gerente de uma policlínica que não quis se identificar.

Os cirurgiões dentistas reivindicam, além do concurso público, um salário-base de R$ 1,6 mil, Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV), 20 horas semanais de trabalho e melhores condições na infraestrutura das clínicas. Os cirurgiões estimam que nesses 100 dias de greve deixaram de realizar 140 mil procedimentos nos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE