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Governo não paga R$ 1,3 milhão para hospital em Cuiabá e pacientes esperam no chão

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Cerca de 20 pacientes aguardam em macas, no chão, por uma vaga na sala amarela ou um quarto da enfermaria no Hospital Municipal e Pronto Socorro de Cuiabá (HMPSC). Entre as vítimas da situação degradante está um servidor público estadual, que precisa de fisioterapia para evitar a paralisia das pernas e recebe atendimento em local improvisado. Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso (Siagespoc) entrou com mandado de segurança contra o Estado para requerer o acesso à saúde.

Contorcendo-se de dor o investigador Vinícius Alves Câmara, 24 anos, aguarda por um leito em um dos corredores da unidade de referência em urgência e emergência da Baixada Cuiabana. As 2 pernas estão sem movimento, principalmente a esquerda. Ele está com trauma na coluna vertebral, depois de ter sofrido acidente com a viatura em horário de trabalho em uma estrada de chão de Santa Terezinha (1312 km a nordeste da capital) na quinta-feira (15). O investigador desviou de um animal, quando bateu em uma cerca por volta das 00h30. Somente às 8h uma pessoa que passava pela estrada o socorreu inconsciente.

O médico indicou a fisioterapia para reduzir os danos e tentar recuperar a atividade motora. Mas a direção do PS negou, inicialmente, realizar o atendimento no corredor. Depois que a reportagem esteve no local o serviço foi autorizado.
Junto com Vinícius, outras pessoas estão em macas nos 2 corredores próximo à sala vermelha destinada aos pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e à sala amarela, considerada uma semi UTI. Auxiliar administrativa, Josiane Aparecida Silva Rodrigues, 24, acompanha na fila a espera da mãe Maria Ivonete Silva Rodrigues, 43, que sofreu acidente de trânsito na sexta-feira (16) em Sapezal (480 km a noroeste da capital).

“Meu filho está no corredor há 5 dias sem tomar banho. Ele pode perder o movimento das pernas e não há previ-
são para nada aqui no Pronto-Socorro”, afirma o pai, Ary Jose Moraes, 50 anos, que é investigador de polícia.

Ary diz ser revoltante ter que comprar um remédio do valor de R$ 3,87 para oferecer o tratamento do filho. Mesmo sob custo baixo, falta medicamento como óleo mineral na unidade. A família possuía convênio com o MT Saúde, mas por causa dos problemas com este plano Ary diz ficar sem saída.

O secretário de saúde da capital, Huark Douglas Correia admite a superlotação do HMPSC. Ele atrela a situação
à falta de atendimento no Pronto-Socorro de Várzea Grande com a greve dos médicos iniciada há cerca de 4 meses. Em Cuiabá a paralisação da categoria há 20 dias não prejudica o andamento dos serviços, mas o fluxo do interior para a unidade acumula com os pacientes encaminhados da cidade vizinha. O débito de R$ 1,3 milhão do governo estadual com o hospital municipal também implica em falta de investimento e Huark diz que a unidade não tem mais condição de ser referência em urgência e emergência nesta condição. Sobre Vinícius, o secretário afirma que o paciente foi encaminhado sem protocolo pela regulação e, por isso, a família tinha conhecimento da falta de vaga. Não há previsão de atendimento aos pacientes em espera por um leito.

 

 

 

 

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