Uma comissão do Governo Federal estará em Cuiabá ainda esta semana para uma visita ao Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM). Formado por representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) e pelo Ministério da Educação (MEC), o grupo verificará o que está ocorrendo no hospital escola da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Desde 4 de janeiro deste ano, estão desativados o Pronto Atendimento Pediátrico, a UTI Neonatal e a Enfermaria Pediátrica do hospital. A diretoria alega falta de recursos para prestar tais serviços.
Ontem em Brasília o presidente da Associação dos Docentes da UFMT, professor Carlinhos Eilert, reuniu-se com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Ferreira, e com a coordenadora Geral de Residências em Saúde do MEC, Jeanne Liliane. Eilert cobrou mais recursos para o HU e a contratação de servidores, via concurso público.
No dia 16 de dezembro a Adufmat e o Sintuf entraram, em conjunto, com uma representação no Ministério Público Federal (MPF), pedindo ao órgão que tomasse providências para impedir a desativação dos setores pediátricos do HU, prevista para 4 de janeiro. O procurador Gustavo Nogami, que está elaborando uma ação civil pública, aguarda informações do HU e do MEC, requeridas para embasar a ação.
Durante a audiência em Brasília, o secretário Duvanier ouviu, por 90 minutos, as reivindicações das partes presentes, mas só haverá um posicionamento oficial sobre o HU após o parecer da comissão.
Há, porém, a sinalização de R$ 300 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a reestruturação de hospitais universitários, que, como o hospital Júlio Müller, pedem socorro.