O governo federal lançou hoje (2) edital que prevê R$ 65 milhões em recursos para pesquisas que contribuam na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de infecções causadas pelo vírus Zika e doenças correlacionadas. Do montante, R$ 20 milhões são parte do orçamento do Ministério da Saúde, R$ 30 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e R$ 15 milhões do Ministério da Educação. Os recursos fazem parte de ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento aoAedes aegypti e à Microcefalia, lançado em dezembro do ano passado.
Os pesquisadores interessados em participar do edital devem encaminhar os projetos pelo site do CNPq, juntamente com o Formulário de Propostas online, disponível na Plataforma Carlos Chagas. O CNPq destaca que está chamada tem caráter emergencial, já que os pesquisadores estão tendo dificuldades financeiras para dar continuidade a investigações científicas de impacto social.
O projeto deve estar inserido dentro de uma das nove linhas temáticas de pesquisas relacionadas ao Zika: desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas; desenvolvimento e avaliação de repelentes e de imunobiológicos; inovação em gestão de serviços em saúde; imunologia e virologia; epidemiologia e vigilância em saúde; estratégias para controle de vetores; desenvolvimento de tecnologias sociais; inovação em educação ambiental e sanitária; e fisiopatologia e clínica.
Os estudos devem ser concluídos dentro do prazo de 48 meses. As propostas vão passar por quatro etapas de análises por especialistas e consultores do Capes, do CNPq, do departamento de Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Vigilância em Saúde.
Os resultados e a contratação das pesquisas estão previstos para o início do segundo semestre deste ano. Os projetos vão ser financiados dentro de três faixas de recursos: até R$ 500 mil; de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão; e de R$ 1,5 milhão a R$ 2,5 milhões.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou que o edital tem como objetivo encontrar mecanismos de controle e combate ao vírus Zika. "Nossa prioridade absoluta é combater o mosquito", disse, ao se referir ao Aedes aegypti. Já o ministro da Ciência, Tecnologia e Informação, Gilberto Kassab, classificou a chamada pública como uma parceria entre o governo federal e a comunidade científica. "É uma oportunidade de renovar esforços".