Cerca de 827 mil pessoas, ou seja, 36% da população adulta de Mato Grosso possui algum tipo de doença crônica não transmissível. É o que revela a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As mulheres mato-grossenses são as mais atingidas por estes tipos de enfermidades.
Na listagem de doenças crônicas não transmissíveis as principais são hipertensão arterial, o diabetes, a doença crônica de coluna, o colesterol (principal fator de risco para as cardiovasculares) e a depressão. No país, estas doenças são responsáveis por 72% das causas de mortes.
Esta pesquisa revelou ainda que a hipertensão atinge 473 mil pessoas acima de 18 anos em Mato Grosso, o que corresponde a 20,8% da população. Importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a doença aparece mais no sexo feminino, com prevalência em 24% das mulheres e 17,6% dos homens no Estado. No Brasil, a hipertensão atinge 31,3 milhões de adultos, o que corresponde a 21,4% da população.
O diabetes, transtorno metabólico causado pela elevação da glicose no sangue, atinge 140 mil pessoas em Mato Grosso – o que corresponde a 6,2% da população adulta local. As mulheres (7%), mais uma vez, apresentaram maior proporção da doença do que os homens (5,3%). Em todo o Brasil, nove milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta – possuem a doença.
A Pesquisa Nacional de Saúde traz, pela primeira vez, o percentual de brasileiros que afirmam ter um diagnóstico médico de problema crônico de coluna. Atualmente, 439 mil adultos do Estado disseram ter o problema, o que corresponde a 19,3% da população. Os problemas lombares são os mais comuns e a prevalência também é maior entre as mulheres (22,8%), contra 15,8% dos homens. Atualmente, 27 milhões de adultos no país são acometidos pela doença, o que corresponde a 18,5% da população.
No caso do colesterol, o estudo identificou que 221 mil moradores mato-grossenses com mais de 18 anos apresentam colesterol alto, o que representa 9,7% da população adulta. Sendo 12,3% das mulheres e 7% dos homens. Quando analisados os dados nacionais, a PNS aponta que 18,4 milhões de brasileiros apresentam colesterol alto, 12,5% da população adulta.
Já a depressão, distúrbio afetivo que ocasiona queda do humor, atualmente atinge 157 mil adultos do Estado. O diagnóstico da doença corresponde a 6,9% da população local – sendo que a prevalência é de 10,8% entre as mulheres e 2,9% nos homens. Já a prevalência da depressão no país chega a 11,2 milhões ou 7,6% da população.