O valor será destinado durante os próximos quatro anos no Plano de Enfrentamento à Hanseníase, doença que coloca o estado em primeiro lugar na detecção de novos casos. O esforço do governo estadual é para intensificar as ações de controle da doença, reduzindo vários indicadores preocupantes, entre eles a tendência de queda nos casos de cura – em 2014 chegou a 81%, quando o esperado era de 90%.
Para reforçar essa estratégia de enfrentamento e reforçar compromisso das três esferas da administração pública, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) assinou um termo de compromisso com representantes de 40 municípios mato-grossenses durante solenidade nesta segunda-feira (24.08), em Cuiabá, com a presença do governador Pedro Taques e do ministro da Saúde, Arthur Chioro.
O coeficiente de prevalência de hanseníase no Brasil vem sofrendo redução progressiva nos últimos anos caminhando para atingir a meta de eliminação de um caso para 10 mil habitantes. De forma inversa, Mato Grosso apresenta tendência de aumento com 13,6 casos para cada 10 mil habitantes em 2014, o que demonstra a prevalência da doença no estado. Na detecção de novos casos, quase 10% foram registrados em Mato Grosso. O diagnóstico tardio também é um problema importante, em 2014 quase 75% dos casos foram classificados como multibacilares (casos mais graves e de maior transmissibilidade).
Para transformar esses índices e melhorar a vigilância e assistência á saúde, o governo propôs esse compromisso com os municípios a fim de alcançar melhores indicadores de detecção precoce, maior proporção de cura e menor número de incapacidades. “Somente com a importante parceria com os municípios conseguiremos trabalhar para erradicar a doença”, reforçou o secretário de Estado de Saúde, Marcos Bertúlio, solicitando empenho das secretarias municipais no enfrentamento à doença.
O plano estruturado pela equipe da Secretaria de Saúde de Mato Grosso elenca os principais desafios, estratégias e as responsabilidades de cada esfera de governo para o efetivo enfrentamento da hanseníase. Entre os indicadores atuais e metas pactuadas estão o aumento no coeficiente de detecção, atualmente em 93,3% para cada 100 mil habitantes, para 98% em 2016, até alcançar 103% no ano de 2019. O percentual de cura hoje é de 81% e o plano estabelece aumentar em torno de 3% esse número no próximo ano, chegando a 90,9% em 2019.