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Estado e Fiocruz pesquisam leishmaniose em Rondonópolis

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Com objetivo de conhecer os fatores associados a transmissão das Leishmanioses e Hantavirose em alguns municípios do Estado, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) faz pesquisa no município de Rondonópolis sobre estas doença, em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz, do Estado do Rio de Janeiro (FIOCRUZ/RJ), Instituto Evandro Chagas, do Estado do Pará (IEC-PA), e a Universidade Federal do Estado de Mato Grosso (UFMT).

“A pesquisa será feita em cinco etapas, sendo que a primeira já foi concluída, tendo ocorrido de 04 a 09 de Julho de 2008. Uma segunda etapa deverá ocorrer ainda em Outubro deste ano. Paralelamente e com os mesmos parceiros, será pesquisada também a participação dos reservatórios animais, (ratos silvestres) que podem transmitir a Hantavirose”, explicou o sanitarista da Vigilância Epidemiológica da SES, Aparecido Alberto Rodrigues Marques, lembrando que as cinco etapas são realizadas em intervalos de três meses, coincidindo com a Lua nova, explicando o pesquisador que é nesta fase da Lua que é mais fácil a captura.

Aparecido Alberto informou que durante essa primeira etapa, que envolveu a participação de 16 profissionais das instituições parceiras , foram capturados 100 animais entre ratos silvestres, da espécie Necromys, que é um dos reservatórios para a Hantavirose, e gambás (marsupiais), que é reservatório para as Leishmanioses.

Inicialmente a pesquisa consistiu em colocar armadilhas do tipo Sherman e Tomahokw ao longo de áreas pré-determinadas, (áreas peri-urbanas) onde aconteceram os casos de Leishamniose no município. “As armadilhas Sherman são preparadas para capturar ratos silvestres visando principalmente a pesquisa para a hantavirose. Já as Tomahokw, são para capturar roedores maiores como os rattus-rattus e também os marsupiais (gambás). No caso dos marsupiais eles foram soltos após terem sido examinados para a pesquisa.

“Analisando a dinâmica das Leishmanioses e da Hantavirose em reservatórios silvestres, ou seja, entre roedores e marsupiais, nas áreas em processo de urbanização, pretende-se auxiliar no preenchimento de lacunas existentes que impedem o adequado controle destas zoonoses nestes municípios endêmicos”, explicou Aparecido Alberto.

Em Mato Grosso, no município de Rondonópolis, foram registrados muitos casos de Leishmaniose Visceral num curto espaço de tempo, no final do ano de 2007 para o início do ano de 2008, com notificação de 31 casos e 07 óbitos no período. Embora em alguns casos, após a investigação epidemiológica, foram verificados como sendo importados de outros locais, a grande maioria foi considerada autóctone (originária) de Rondonópolis.

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