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Estado deflagra ação emergencial para controle da malária em Paranaíta

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Mediante o acréscimo do número de casos de malária no município de Paranaíta registrado no mês de dezembro de 73 casos, a Secretária de Estado de Saúde tomou providências no sentido de desencadear ações emergenciais para o controle da doença e impedir a proliferação do mosquito transmissor. As medidas urgentes são desde o controle químico, como as ações de rastreio de busca ativa, levantamento entomológico, diagnóstico da doença, exames laboratoriais e tratamento.

Segundo a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Beatriz Castro, esse acréscimo registrado se deu em decorrência ao intenso fluxo migratório entre os Estados de Mato Grosso e Pará, com a abertura de uma frente de trabalho no município Castelo dos Sonhos localizado no Estado do Pará. “No período de janeiro de 2005 à novembro do mesmo ano o número de casos de malária era de 23 , em dezembro registrou 73 casos, até 25 de janeiro deste ano já são 107 casos.Todas as ações serão feitas em conjunto com os técnicos de Saúde do município e terá o reforço do Estado com os técnicos do Escritório Regional de Saúde de Alta Floresta”, disse ela.

Numa segunda etapa das ações inclui-se trabalhos com as comunidades na busca ativa, reuniões e repasse de informações sobre a malária, sendo o tratamento gratuito feito pela rede SUS incluindo remédios exames laboratorias.” A meta é promover o controle da doença,diminuir a gravidade dos casos e impedir o estabelecimento de focos de transmissão, além de auxiliar o município nas ações de vigilância epidemiológica, de educação em saúde.Consideramos estas ações estratégias e prioritárias”.
Em Mato Grosso, a malária ocorre com mais incidência nas regiões Norte e Noroeste, onde segundo Beatriz Castro as condições locais favorecem para o surgimento do vetor, do gênero Anapholes, também conhecido por carapanã, muriçoca, mosquito-prego, sovela, que são regiões de mata, de fluxo migratório intenso, de concentração populacional por assentamento, e de atividade econômica como o garimpo, extração de madeira.

Porém a Vigilância Epidemiológica, explica Beatriz Castro, considera 19 municípios prioritários para o controle da malária de acordo com as notificações de casos sendo eles: Colniza, Rondolândia, Juruena, Aripuanã, Marcelândia, Juina, Santa Terezinha, Sinop, Novo Mundo, Gaúcha do Norte, Comodoro, Nova Ubitatã, Nova Lacerda, Paranaíta, Pontes e Lacerda, Cotriguaçu, Porto Alegre do Norte e Feliz Natal.
O município de Colniza respondeu, no ano de 2005, por 55% dos casos de malária no Estado. Para o enfrentamento do agravamento no número de casos na região Noroeste do Estado foi implementado o projeto Força Tarefa, com atuação do Ministério da Saúde, Estado e Municípios desde março de 2005.

A organização dos serviços da Força Tarefa contou com a implantação de novos postos de notificação, implantação do sistema de Guarda Epidemiológoco, com uso de bandeirinhas nas localidades em que se têm pacientes com sintomas da malária, aparelhamento dos municípios com carros e bombas utilizadas no controle químico, capacitação de profissionais da área médica para detecção da doença, busca ativa, diagnóstico e tratamento.

No ano de 2004, foram registrados 2.103 casos de malária no município de Colniza. No ano de 2005, com a intensificação da ação da busca ativa foram registradas 3.976 notificações, destas 3.190 se confirmaram como casos autóctones (origem do próprio município) positivos para a malária. Segundo Beatriz Castro, o trabalho da Força Tarefa proporcionou o controle químico, o tratamento e o mais curioso, a busca dos casos assintomáticos, que é quando a pessoa tem a doença e não percebe. O exame laboratorial que aponta. “Mato Grosso está na Amazônia Legal, de território de matas e é impossível não registrar casos de malária, por causa das condições territoriais e climáticas. O anofelino é natural dessas regiões”.

DADOS: Dos nove Estados Brasileiros situados na Amazônia Legal, Mato grosso é o oitavo em número de ocorrências. No ano de 2005 foram registrados 9.756 casos. O Estado do Amazonas é o primeiro com 215.746 casos registrados no ano de 2005. Ficando o segundo o estado do Pará com 116.711 casos e em terceiro Rondônia com 117.117 casos. “É importante ressaltar que com a intensificação das ações de controle da malária, a doença mudou a dinâmica e isso nos certifica que esse agravo é passível de intervenção, e para tanto é necessário que tenha uma vigilância constante e ações continuada”, finalizou a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Beatriz Castro.

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