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Enfermeiros e auxiliares param de atender no Pronto Socorro de VG

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Enfermeiros e auxiliares responsáveis pelo atendimento de mais de 300 pacientes do Pronto-Socorro de Várzea Grande entraram em greve para cobrar salário atrasado e mínima condição de trabalho dentro da unidade, que não conta nem mesmo com luvas, sabão e álcool. Somente 50% do efetivo está atendendo. Um grupo de profissionais denunciava na porta da unidade de saúde, que enquanto a lei prevê que cada auxiliar de enfermagem seja responsável por cerca de 5 pacientes, no PS/VG são obrigados a atenderem até 20 pessoas. "Isso representa risco para o profissional e para o paciente. A sobrecarga pode levar à troca de medicamentos, infecção cruzada de uma pessoa para outra, entre outros problemas", diz uma das grevistas. Os médicos do PS/VG já estão em greve há 3 meses.

A categoria alega ter resistido ao máximo a paralisação para não prejudicar os pacientes que já vivem em situação caótica, diante da falta de todos os tipos de medicamentos e insumos básicos, como algodão, analgésico e antibiótico. Maca e soro também estão na lista de materiais em falta dentro do PS. "Chegou a um ponto que não temos mais o que fazer. Estamos com as contas pessoais atrasadas e vivemos diariamente com o sofrimento de pacientes que não têm o direito de receber um curativo", reclama outra enfermeira que relata casos de agressões cometidas por pacientes e familiares que ficam nervosos com a situação.

Conforme os manifestantes, o PS/VG não tem uma data certa para efetuar os pagamentos e os funcionários ficam sem saber quando vão receber. A data-base também é uma exigência para que retornem as atividades. Alegam que muitos colegas não têm mais dinheiro para pagar ônibus e são ameaçados de terem o ponto cortado, caso faltem ao serviço. "E ninguém pode falar nada porque somos repreendidas, mesmo quando buscamos um melhor atendimento para o paciente. Estão falando que vão pagar quinta-feira (hoje). Mesmo se pagarem, não vamos voltar ao serviço. Queremos condições de trabalho, respeito".

Na porta do PS, Fabiana Santos, 26, segurava a receita médica para tratar o problema estomacal. O mesmo documento trazia a notificação de ausência do medicamento prescrito na farmácia do PS.

Outro lado
O diretor do PS/VG, Geraldo Luiz Araújo, nega que faltem medicamentos. Alega que tudo que o que acaba é imediatamente reposto, citando ainda que os profissionais fazem questão de receitar o que não tem na farmácia para incitar o povo contra atual administração do município. "Tudo isso está acontecendo por ser ano eleitoral".

Reconhece que o problema de saúde não é uma particularidade do PS/VG e sim de todo o país. Afirma que o atraso no pagamento dos salários é reflexo da dívida de R$ 6 milhões do governo do Estado com o PS/VG. Quanto à superlotação, diz que a "população que pensa que hospital é shopping. Vem a família toda e passa o dia aí. Come, bebe, toma banho. Tudo é custo para o Pronto-Socorro".

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alega dever somente os 2 meses, sendo que julho será pago hoje. Destaca que folha de pagamento é de responsabilidade da gestão municipal e que o Estado compra serviços, por isso repassa R$ 1,2 milhão ao mês.

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