O prefeito Wilson Santos anunciou que não assinará contrato com a Masp – Serviços Médicos Sociedade Simples Ltda para que ela seja a responsável pela urgência e emergência do Pronto-Socorro de Cuiabá. A justificativa é que durante o pré-contrato assinado, a empresa do Rio Grande do Sul não conseguiu contratar o efetivo necessário para assumir o box de emergência e os pronto-atendimentos adulto e infantil do PS.
O anúncio foi feito durante visita do prefeito à Assembleia Legislativa para se inteirar da CPI proposta pelo deputado Percival Muniz para debater a crise na saúde motivada pela demissão de médicos do PS. O secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares, disse que o pré-contrato assinado no dia 7 de outubro com a Masp não trouxe nenhum ônus ao município. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, a prefeitura continua tentando contratar uma empresa privada ou contratar diretamente médicos para trabalharem no PS.
Ontem, no final da tarde, representantes do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) e da prefeitura fizeram a primeira reunião para discutir um piso salarial. O Sindimed mostrou ao vice-prefeito Chico Galindo e ao secretário de Finanças, Guilherme Muller, dados dos orçamentos 2008/2009 e também ao projeto enviado à Câmara referente ao orçamento 2010, que os números são favoráveis e que a prefeitura pode pagar o piso pleiteado pelos médicos.
"Foram lançadas as bases para uma negociação. Mostramos que a prefeitura tem dinheiro para investir na saúde. O que falta é apenas boa vontade", assegurou o diretor do Sindimed Ednaldo Lemos. Segundo ele, os representantes do prefeito pediram um prazo de 48 a 72 horas para dar uma posição. O Sindimed mantém a proposta de um piso de R$ 3 mil a partir de janeiro e durante os próximos 5 anos reajustes até atingir o piso nacional de R$ 8.239,24.