Em dez anos, o número de casos de hanseníase no Brasil caiu 31,5%. De acordo com estudo Saúde Brasil 2010, do Ministério da Saúde, a média anual de detecção de novos casos é de 4%, no período de 2001 a 2010. O estudo comprovou ainda que 82,3% dos casos detectados foram curados em 2010. Em Mato Grosso a redução foi de 44,2% nesse período.
De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, a redução é justificada pela oferta de tratamento nas unidades públicas de saúde e, ainda, do esforço dos profissionais da rede básica e dos centros de referência. Outro fator que contribui para a diminuição do surgimento de novos casos é o crescimento econômico e as melhorias na área social ocorridos no Brasil nesta última década.
Em 2001, o coeficiente de detecção no Estado teve o maior pico verificado e foi de 146,26, por 100 mil habitantes, e dados de 2010, já mostram que o coeficiente geral de detecção está em 81,64 por 100 mil habitantes.
Em 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a estratégia global para 2006-2010, baseada na detecção precoce de casos e garantia de oferta de tratamento com poliquimioterapia (PQT), que consiste no tratamento da hanseníase composto por ingestão das drogas dapsona, clofazimina e rifampicina. Esta medida tem sido efetiva na diminuição dos casos da hanseníase em vários países, inclusive no Brasil.
O desafio agora para os próximos anos é eliminar ou, pelo menos, amenizar o estigma e a discriminação relacionados à doença. Dentro deste objetivo, o atendimento à população enfatiza a garantia da qualidade da assistência ao paciente, com foco na redução de pessoas acometidas pela doença.