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Deputados e lideranças discutem ações contra o aedes aegypti em Mato Grosso

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 Assembleia Legislativa de Mato Grosso realizou hoje, por solicitação do deputado Baiano Filho (PSDB), audiência pública para tratar sobre a campanha “Cartão Vermelho Contra o Mosquito”, lançada pelo Rotary Clube Cuiabá Bosque em parceria com a Comissão de Arbitragem da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), com o objetivo de conscientizar a população para o combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, zika vírus e febre chikungunya. Na ocasião, foi apresentado um folder para orientar a população sobre este problema de saúde pública.

Além do propositor da audiência pública, participaram também o supervisor executivo da Secretaria de Comunicação da Casa, Cláudio de Oliveira Alves; a coordenadora da vigilância sanitária em Cuiabá, Alessandra Carvalho; o tenente-coronel Ramão Corrêa Barbosa, da Defesa Civil; os presidentes da Comissão de Arbitragem, coronel Altair Magalhães, da FMF, João Carlos Oliveira Santos, e do Rotary Cuiabá Bosque, Carlos Eduardo Souza Nunes; a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Maria de Lourdes Girardi; o governador do Rotary Clube Distrito 4440 (Mato Grosso), Fernando Cesar Dalmolin; além da árbitra Eliane Cristina Alves e do médico Vicente Herculano da Silva, ex-governador do Rotary no estado. Alunos e professores da Escola Estadual Leônidas Antero de Matos também participaram.

Na abertura da audiência, o deputado Baiano Filho enfatizou a tônica das discussões – a conscientização do povo e a soma de esforços entre sociedade e poder públicio. “A preocupação com os problemas no estado devido à infestação do mosquito Aedes Aegypti, nesta Casa de Leis, une forças para ajudar na orientação e divulgação da campanha em questão”, disse o parlamentar. “Todo o cuidado é pouco”, assinalou.

Xô aedes- Cláudio de Oliveira falou sobre o aplicativo “Xô Aedes” – programa para instalação em telefones celulares, por meio do qual a população pode denunciar focos reprodutivos do inseto.

Conforme o supervisor, após baixar o aplicativo, o cidadão faz um cadastro adicionando um email e um número de celular. Na sequência, escolhe um dos seis tipos de ocorrência: água acumulada, entulho de demolição, foco do mosquito, lixo acumulado, reservatório descoberto com água parada ou terreno baldio sem manutenção. 

“Depois é só anexar a foto e endereço do local da ocorrência. A pessoa ainda pode fazer comentários sobre a situação e gravar as informações que o próprio sistema gera automaticamente a informação da localização”, declarou. “A necessidade de se fazer a foto pelo aplicativo é para que consigamos obter as coordenadas geográficas de latitude e longitude do endereço da foto, por meio do sistema GPS, tendo a localização exata, o que facilita o mapeamento e a apuração da denúncia”, argumentou. 

Em apenas 20 dias desde que foi disponibilizado, o aplicativo – que permite ao cidadão o acompanhamento das providências por parte do poder público – já registrou 75 notificações só em Cuiabá.

Mercantilismo-Já o médico Vicente Herculano lembrou a responsabilidade do poder público com a saúde da população – desde obrigações tais a coleta de lixo e a universalização do saneamento básico, até o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS não é um problema sem solução, mas uma solução com problemas”, assinalou.

Ele também lembrou que as doenças também oportunizam o lucro para setores industriais. “Enquanto há gente chorando, há outros vendendo lenços; há que se combater também a mercantilização da cura”, disse.

Reforçou ainda necessária conscientização e união de forças para a erradicação do mosquito, no que foi acompanhado pelos demais presentes.

“Não podemos perder esta guerra; não vamos nos esconder debaixo da cama, vamos para a frente de batalha e temos milhares de soldados para vencer”, resumiu o coronel Magalhães.

Ação parlamentar- Não é de agora que o Legislativo mato-grossense está atento e atuante na “guerra” contra o mosquito, a exemplo do projeto de lei apresentado pelo presidente da Casa, médico e deputado Guilherme Maluf (PSDB), que institui a “política estadual de combate, controle, prevenção e erradicação” das doenças transmitidas pelo inseto. 

Outro projeto importante apresentado por Maluf – após sugestão postada por um cidadão no Facebook da Assembleia Legislativa – estabeleceu a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para produtos repelentes, em períodos de epidemia. Os deputados Emanuel Pinheiro (PMDB), Wilson Santos (PSDB), Oscar Bezerra (PSB) e Mauro Savi (PSB) também apresentaram importantes proposições com o fim de debelar a infestação. Diversos parlamentares também têm apresentado indicações ao Executivo de Mato Grosso, recomendando ações efetivas para eliminar o aedes aegypt no estado.

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