A Prefeitura de Cuiabá protocolou no Ministério da Saúde o pedido para a instalação de duas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na Capital. Em 2010, o Município foi contemplado com duas, uma na Morada do Ouro, ainda em fase de construção, e outra no bairro Pascoal Ramos, que tornou-se alvo de discussão.
"Na verdade estamos sendo excepcionalizados porque a UPA deve ser para cada 250 mil habitantes e Cuiabá já foi contemplada com as unidades referentes à sua população. Mas em função da Copa de 2014 e dos motivos que apresentamos, parece que a Casa Civil se mostrou acessível", explicou o prefeito Mauro Mendes (PSB).
Ele ainda comentou que passou toda a manhã de ontem (8) empenhado no trabalho de consolidação deste pleito. "Defini dois novos locais nas regiões que ainda não foram contempladas", ressaltou.
Ele prefere manter em segredo a localização dos terrenos que deverão receber as UPAs, mas garante que tratam-se de áreas públicas regulares e devidamente escrituradas. As unidades devem ser implantadas em bairros das regiões Leste e Oeste da Capital.
Caso os projetos sejam aprovados, a Capital terá UPAs suficientes para atender cerca de 1 milhão de habitantes, ou seja, toda a população estimada da região metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.
Apesar da expectativa positiva em relação à liberação da construção de duas novas unidades, Mendes destaca que a situação nada interfere na polêmica sobre a UPA do Pascoal Ramos.
A Defensoria Pública emitiu notificação para que o prefeito explique os motivos pelos quais pretende mudar o local da construção da unidade. Ele garante que ainda não foi notificado, mas que já explicou suas razões e, até o momento, não foi convencido do contrário.
No entanto, ele ainda não bateu o martelo acerca da definição de um novo local para a construção da unidade. Enquanto isso, lideranças do bairro continuam a coleta de assinaturas, que já conta com apoio de 48,081 mil morado- res, para que a UPA seja mantida no Pascoal Ramos, considerado pelo prefeito de difícil acesso.