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Cuiabá: faltam médicos e medicamentos no Pronto Socorro

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Além da falta de médicos plantonistas nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) do Pronto-Socorro Municipal também não ha'determinados medicamentos – desde os mais básicos até os prescritos para pessoas com doenças cardíacas. O problema se agrava a cada dia e pacientes têm conseguido liminares para tentar garantir a continuidade do tratamento. A reportagem teve acesso a cópias de várias Comunicações Internas relatando à superintendência e direção da unidade a falta profissionais e de medicamentos.

Entre os pacientes está um adolescente de 17 anos que passou por várias cirurgias e contraiu uma infecção bacteriana relacionada à pneumonia associada à ventilação mecânica e que não recebe, no Pronto Socorro, medicamentos básicos mesmo com o menor internado na UTI.

Uma comunicação interna feita por um médico, no domingo, relata que faltam itens básicos como água destilada, esparadrapo, dipirona sódica injetável, cálcio injetável, gase para curativo e outros medicamentos. Esparadrapo, por exemplo, os médicos estão pegando emprestado com o Serviço Móvel de Urgência (Samu). “Ressalto que a UTI dessa forma se torna impraticável”, enfatiza o profissional no documento enviado para a diretoria técnica.

Faltam ainda Ranitidina e Omeprazol, protetor gástrico que evita úlcera em pacientes com ventilação mecânica e sangramentos digestivos de origem gástrica. Somente na UTI 1, existem 3 pacientes que precisam desses medicamentos, mas até sábado (15) estavam sem tomar a medicação há 7 dias. “Quando se consegue esse antibiótico, ele é emprestado e acaba dentro de 1 ou 2 dias”.

As informações constam em outro documento que um dos médicos enviou para a diretoria do Pronto-Socorro no último sábado. O médico relata ainda a falta de Clopidogrel, medicamento utilizado no tratamento de infarto agudo do miocárdio e que é fator de melhora para prognóstico dos pacientes enfartados que o PS recebe. Os pacientes estão comprando o medicamento com o próprio dinheiro. 

Outro Lado
A Secretaria Municipal de Saúde nega existir falta de médicos no Pronto-Socorro. Por meio da assessoria de imprensa, garante que não faltam plantonistas nas UTIs e que as CIs são normais para relatarem a ausência de médico durante o procedimento de troca, quando termina o plantão de um e outro ainda não chegou. Afirma que quando o outro plantonista assume a unidade, não é elaborada outra CI. Sobre a liminar diz que será cumprida.

No entanto, a pasta confirma a falta de vários medicamentos em virtude de um “problema sério de compra de medicamentos”. Está em andamento o pregão eletrônico 01/2014 feito com data de 16 de janeiro para compra de 480 itens. Alguns fracassaram pois não houve nenhum fornecedor interessado. Alega que a dificuldade ocorre porque as empresas não aceitam as cláusulas do edital amparado pela lei de licitação (8.666) e entram com impugnação. Isso, segundo a assessoria, tem dificultado as compras.

Alguns medicamentos são adquiridos por meio de compras emergenciais, mas a medida paliativa não resolve o problema e a cota de compras emergenciais já foi extrapolada. 

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