Apesar da população já estar demonstrando muito mais consciência em relação aos riscos oferecidos pela dengue, a maioria dos focos do mosquito transmissor, cerca de 80%, ainda está nos quintais das residências. É por esse motivo que os agentes de endemia de Cuiabá realizam pelo menos sete visitas anuais em 100% dos domicílios com a finalidade de orientar, eliminar os criadouros e conclamar a população para a prevenção e combate à dengue. E para combater os criadouros em locais públicos, a Secretaria de Saúde de Cuiabá limpou 80 bolsões de lixo em toda a cidade.
O grande problema para combater o mosquito Aedes aegypti é que sua reprodução ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar água, tanto em áreas sombrias como ensolaradas. Por exemplo: caixas d’água, barris, tambores, vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, tanques, cisternas, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores e muitos outros onde a água da chuva é coletada ou armazenada.
“Portanto, considerando essa facilidade de disseminação, podemos imaginar o grau de dificuldade para efetivamente combater a doença – o que só é possível com a quebra da cadeia de transmissão, eliminando o mosquito dos locais onde se reproduzem. Assim, a prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a comunidade a partir da adoção de medidas simples, visando a interrupção do ciclo de transmissão e contaminação”, alerta boletim do Ministério da Saúde.