A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a realidade da saúde pública em Mato Grosso visitou, hoje de manhã, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pedra 90 e a Policlínica do Coxipó, ambas na capital O presidente da comissão, deputado Sérgio Ricardo (PR) avaliou que, se bem estruturas as policlínicas poderão desafogar o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. “Entendemos que essas policlínicas bem estruturadas com médicos e as especialidades médicas, se bem assistidas resolve em muito o problema do Pronto Socorro Municipal”, disse.
Para ele, como essa rede auxiliar está em fase de expansão, é hora de se pensar no futuro: “vamos pensar para daqui a 5 ou 10 anos, está é a proposta da CPI. Temos que ser visionários, construir a saúde do futuro”.
Entre os itens que preocuparam o parlamentar está o atendimento em alta complexidade. Atualmente são realizadas cem cirurgias/mês e há uma fila de 600 pacientes. “Isso para mim é um caos. Como vamos acabar com essa fila? Questionou. O relator da CPI, deputado Wallace Guimarães defendeu uma união de esforços entre União, Estado e municípios de grande porte para atender a essa demanda.
A estrutura atual da Unidade de Pronto Atendimento do Pedra 90 está funcionando há 8 meses, 24 horas por dia, e só nos primeiros quatro meses fez entre 3,2 e 5 atendimentos, nos serviços ambulatorial e pediátrico. A unidade é moderna, equipada com mini UTI com capacidade de manter o paciente grave com vida até enviar ao Pronto Socorro Municipal. Tem ainda, 14 leitos sendo 5 femininos, 5 masculinos e 4 pediátricos. Conta com 80 funcionários e segundo o gerente, Wagson Mendes Costa, “em sua maioria os médicos dessa unidade cumprem a jornada de trabalho integralmente”.
No mesmo espaço físico da UPA, funciona uma unidade do Programa de Saúde da Família (PSF). ” Essa região ( do Pedra 90) tem 100% de cobertura em atendimento de saúde”, informou o secretário de saúde da capital, Luiz Soares. Ao todo, a região tem 6 policlínicas.
Na policlínica do Coxipó são mantidos os atendimentos de Pronto Atendimento (PA) e ambulatorial. No PA, segundo a gerente Maria José Silva Pereira, são feitos cerca de 21,9 mil atendimentos/mês. No ambulatório 9, 8 mil procedimentos são registrados no mesmo período, ultrapassando 31 mil atendimentos.<>P A CPI da Saúde foi criada para traçar um diagnóstico da realidade da saúde pública em Mato Grosso. Na tarde de quinta-feira (12.11) ela visitou os Prontos Socorros Municipais de Cuiabá e Várzea Grande e concluiu que há necessidade de construção de novas unidades nas duas cidades ” que comportem o crescimento e fora do centro nervoso das duas cidades ( as duas unidades estão localizadas em áreas centrais das cidades). Depois de visitar a UPA do Pedra 90 e a Policlínica do Coxipó, agora a CPI visitará, nesta tarde, as policlínicas do Verdão, às 14 horas e da Morada da Serra, às 16 horas.
Desde que foi instalada em 04 de novembro, a CPI da Saúde já provou os 25 requerimentos, sendo 10 requerimentos apresentados pelo deputado Percival Muniz (PPS), 05 requerimentos do deputado Wallace Guimarães, 05 do deputado Sérgio Ricardo e 05 da deputada Chica Nunes. Os documentos pedem que o governo estadual e os municipais apresentem relatórios da situação da rede de saúde, que o estado apresente um Plano Estratégico para a saúde na capital e no interior, convidam o ministro da saúde José Augusto Temporão para vir ao estado debater o SUS, pedem informações sobre obras acabadas e inacabadas em todo o estado, entre outras solicitações.
Na próxima terça-feira (17) às 9 horas, a CPI vai ouvir o presidente do Sindicato dos Médicos (Sindmed) Luiz Carlos Alvarenga, para falar sobre a greve da categoria no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. A próxima atividade da CPI da Saúde será terça-feira (17) às 9 horas, na Sala das Comissões Luiz Carlos Campos da Assembléia Legislativa com a oitiva do presidente do Sindicato dos Médicos (Sindmed) Luiz Carlos Alvarenga, para falar sobre a greve da categoria no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá.