Conselho Municipal de Saúde de Várzea Grande reprovou a possibilidade da inserção de Organização Social de Saúde (OSS) para gerir as unidades públicas da cidade. A Prefeitura tenta aprovar uma lei para instituir a prática em Várzea Grande e aponta como única solução para abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Eliana Siqueira destaca que participou da reunião e votação do Conselho, que teve 10 votos contra a inserção do modelo de gestão e seis a favor.
Para a representante sindical, o modelo de gestão por OSS já demonstrou que não funciona, promove a precarização do setor, além de não ser eficiente e não primar pela qualidade do atendimento. “Tem o fato ainda de visar lucros sim, como ficou demonstrado em Mato Grosso”. Eliana lembra que a OSS institui a cobrança de metas e isso faz com que o paciente não seja uma prioridade, abandonando o atendimento humanitário e mais adequado para quem depende dos serviços. “A conversa inicial era apontando a OSS somente para colocar a UPA em funcionamento, mas o texto lido na reunião demonstrou que existe o interesse em generalizar o modelo de gestão”.
Vice-prefeito de Várzea Grande, Arilson Arruda garante que os encaminhamentos para a aprovação da lei serão mantidos, mesmo que o Conselho seja contrário a OSS. Sem a Organização Social a prefeitura não consegue prever uma data para abertura da UPA, que deve ocorrer em janeiro, se a lei for aprovada. “Vamos marcar uma reunião com o conselho para mostrar os benefícios. Não vamos desistir na primeira barreira”.