O MT Hemocentro coletou cerca de 39 mil bolsas de sangue, de janeiro a novembro, beneficiando até 100 mil pacientes em tratamento na saúde pública dos 141 municípios de Mato Grosso. O técnico em patologia clínica e doador de sangue há 20 anos, Carlos Eduardo Ribeiro, vê a doação como um gesto heróico. “É satisfatório ser um doador porque você acaba ajudando o próximo, apesar de não saber quem é. Eu me sinto um herói sem capa com certeza. Faço isso de graça, sem esperar nada em troca.”
Entre os quase 100 mil pacientes beneficiados com as doações de sangue neste ano, está Zilda Romana da luz, de 80 anos. Há cinco anos ela trata um quadro de anemia aplástica no MT Hemocentro e recebe transfusões semanais de sangue para se manter viva.
A filha dela, Silvia da Silva, entende que sem esse tratamento a saúde dela estaria mais debilitada. “Sou muito grata às pessoas que doam sangue. Graças a essa atitude e outros tratamentos complementares minha mãe está de pé. Meus irmãos são doadores de sangue. Nós temos consciência de que as doações são primordiais para que a nossa mãe tenha qualidade de vida, pois sabemos que o tratamento é paliativo, por ela ser idosa não há possibilidade de transplante de medula, então contamos com as doações”, relatou Silvia.
Atualmente, o MT Hemocentro atende 4.700 pacientes fixos que tratam diversas doenças hematológicas no local. Entre as doenças tratadas na unidade de saúde, estão anemia falciforme e hemofilia. “Sem o amor e solidariedade dos nossos doadores, não seria possível oportunizar um tratamento adequado à dona Zilda e outros tantos pacientes que são atendidos aqui e nos hospitais públicos do Estado”, concluiu a diretora da unidade especializada, Gian Carla Zanela.