Uma comissão de médicos do hospital regional de Colíder deve se reunir, hoje, com representantes da Secretaria de Estado de Saúde para negociar o pagamento dos salários e a retomada integral dos trabalhos. "Eles já sinalizaram que podem pagar integralmente o mês de março. Mas queremos saber como ficam os meses atrasados. Ainda falta parte da folha de dezembro e os meses de janeiro e fevereiro", disse uma fonte do Só Notícias, que preferiu não se identificar.
Os médicos iniciaram a greve no 15 de março e estão atendendo somente casos de urgência e emergência, devido ao atraso de salários, que ocorre desde o ano passado. O hospital regional atende a população de 11 municípios, possui oito leitos de UTI adulto, oito neonatal e duas de UTIs pediátrica.
Estão suspensas as cirurgias eletivas, ortopédicas, cirurgias gerais e ginecológicas. Considerando que eram feitas, em média, 15 por dia, nesse período os médicos já deixaram de fazer cerca de 225 cirurgias. A fila de agendamento das cirurgias cresce significativamente
Uma comissão designada pela Secretaria de Estado de Saúde esteve em Colíder averiguando denúncias em relação à gestão do Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas), que administra o hospital. De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, o relatório já foi recebido pelo secretário Jorge Lafetá, que vai avaliar junto ao governo do Estado, quais as providências a serem tomadas.
O Estado alega que fez todos os repasses para a OSS, mas os médicos dizem estar recebendo a cada mês, somente alguns percentuais dos meses atrasados do ano passado. O IPAS foi procurado por Só Notícias mas não retornou telefonemas para falar sobre o assunto.