A situação dos hospitais regionais de Mato Grosso está se agravando neste final de ano. Depois da greve anunciada em Rondonópolis, na última segunda-feira, onde 100 médicos estão com dois meses de salários atrasados, hoje a unidade de Colíder (260 km de Sinop) também passa a ter parte dos atendimntos suspensos. Somente o setor de urgência e emergência permanece funcionando.
Os médicos estão sem receber os meses de julho, agosto, setembro e outubro. Desde o dia 15 do mês passado, a categoria vem cobrando uma solução do governo, como não houve acordo os profissionais decidiram cruzar os braços em sinal de protesto. O hospital, em sua melhor fase, era responsável pela realização de cerca de 400 cirurgias mensais.
Depois que passou a ser administrado por uma organização social de saúde (OSS), o número de procedimentos caiu e a unidade, segundo os médicos ficou desestruturada, inclusive com falta de materiais e equipamentos sucateados. De acordo com uma fonte de Só Notícias que prefere não se identificar por medo de represálias, a dívida do Estado para com os médicos é de aproximadamente R$5,5 milhões.
A unidade regional de Sorriso (que atende pacientes de 15 cidades em sistema de consórcio) também está com problemas e os profissionais votaram um indicativo de greve, por conta da falta de repasses do governo.
A assessoria da Secretaria de Estado de Saúde admitiu atrasos dos repasses, mas afirmou que está sendo feita uma negociação. Na última segunda-feira, o secretário de Saúde, Jorge Lafetá, se reuniu com uma equipe econômica da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) para tentar viabilizar recursos para quitar os débitos pendentes com os Hospitais Regionais.