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Centro diagnostica 11 pessoas com hanseníase em um dia de campanha em Sinop

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

O Centro de Hanseníase atendeu 47 contatos (amigos e familiares) de pessoas que já estão em tratamento e, desses, diagnosticou 11 pessoas com a doença no último sábado (11), durante a abertura da campanha Janeiro Roxo, realizada pela prefeitura de Sinop. De acordo com o médico clínico geral Francisco Specian Júnior, os atendimentos foram direcionados a este público porque eles estão mais propícios à adquirir a doença e, por isso, há a necessidade de serem avaliados.

“A hanseníase tem se proliferado por conta da falha em não examinar os contatos que, com o passar do tempo, se tornam novos doentes e começam a transmitir a hanseníase em uma cadeia que nunca termina. A hanseníase tem 100% de chances de cura, só que, quando o diagnóstico é tardio, mesmo que a pessoa seja curada, os danos causados nos nervos serão irreversíveis”, alerta.

Durante todo o mês, assim como já ocorre no restante do ano, as Unidades Básicas de Saúde estarão preparadas, de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h, para ofertar o atendimento e orientação necessária, em relação à doença à toda população. Quem tem os sintomas da doença e não faz parte dos grupos de contatos que serão assistidos com os mutirões, pode recorrer às UBS durante a semana.

A coordenadora do Centro de Hanseníase, Maria Auxiliadora Freitas Souza, alerta que não há a necessidade de ter manchas para ser detectada a doença. “A população deve ficar atenta a sensações de formigamentos, fisgadas ou dormência nas extremidades, perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato, nódulos e placas em qualquer local do corpo, áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor, manchas brancas ou avermelhadas na pele. Nervos espessados também são um alerta e, em casos mais avançados, a pessoa para de sentir dor porque está com a imunidade muito baixa. Quando isso ocorre, infelizmente, já se tem sequelas”, explica.

Conforme a prefeita Rosana Martinelli, o tratamento é todo gratuito e há médicos especializados na rede municipal de saúde para atender a população. “Queremos detectar todos os cidadãos em risco para tratar deles e de seus familiares. Por isso há um trabalho incansável dos servidores do Centro de Hanseníase e das Unidades Básicas de Saúde, para que o tratamento chegue a todos que precisam e, de preferência, ainda, no inicio da doença para que nenhum cidadão venha a sofrer danos maiores no futuro”, reforça a prefeita.

Os tratamentos ofertados são os Paucibacilares, com duração de seis meses, e os Multibacilares, que é o mais diagnosticado, inclusive em crianças, e dura aproximadamente um ano. Pessoas contaminadas, em estado avançado, sem tratamento, transmitem pelo sistema respiratório enquanto falam, tossem ou espirram.

As informações foram divulgadas pela assessoria da prefeitura.

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