Mato Grosso fechou o primeiro semestre do ano com uma redução de 30,3% no número de casos de malária em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com dados da área de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), de janeiro a junho deste ano, foram registrados 216 casos da doença, contra 310 casos no mesmo período de 2015.
O resultado positivo demonstra que as regionais de saúde colocaram em prática as ações de combate e prevenção, pactuadas no Plano de Ação para Vigilância e Controle da Malária para o ano de 2016. Mato Grosso se mantém na oitava posição no ranking da Região Amazônica, sendo que apenas o Tocantins registrou menos casos no período. Também fazem parte da Região Amazônica os estados de Roraima, Rondônia, Pará, Maranhão, Amapá, Amazonas e Acre.
Dentre os casos registrados esse ano, 208 são de malária vivax e sete são da malária falciparum, considerada uma das formas mais graves. Os casos foram registrados em 29 municípios e duas cidades apresentaram risco para surto/epidemia de malária. Colniza, considerado de médio risco e Nova Bandeirantes, considerado de baixo risco.
A técnica da Vigilância Epidemiológica da SES, Elaine Cristina de Oliveira, explica que o estado de Mato Grosso como um todo é considerado endêmico e possui todos os requisitos para que haja a transmissão da doença, mesmo em municípios sem notificação. “Além de fazer parte da Região Amazônica, em Mato Grosso temos a presença do mosquito, áreas com muitas matas e um fluxo imigratório de pessoas muito grande o que propicia a transmissão da doença”.
Esse cenário epidemiológico faz com que seja necessário que os cuidados sejam redobrados e que os municípios mantenham a rede de saúde atenta para a detecção e tratamento precoce da doença. No Estado, a malária é de notificação obrigatória e o sistema de informação, SIVEP Malária é online, sendo alimentado pelos municípios diretamente na base nacional.