O aumento no aparecimento do caramujo africano neste período fez com que o departamento de Vigilância Ambiental intensificasse as orientações à população. Segundo o coordenador Claudiomiro Vieira, os moradores são orientados a fazer o recolhimento com o uso de luvas para evitar o contato com o molusco, já que pode transmitir doenças para o homem. “A eliminação pode ser feita de duas formas, uma pela desidratação em uma solução de água e sal, e a outra esmagando o caramujo e o colocando em valas”, explicou.
O aparecimento do molusco aumenta no período chuvoso, já que a umidade favorece a reprodução dos ovos. No ano passado, o departamento recolheu cerca de 4 mil caramujos nos bairros e setores em que a presença é mais significante. Em 2005 esse número foi bem maior e chegou a 11 mil. “Temos que tomar os cuidados para impedir uma maior reprodução”, alertou.
Dois tipos de microorganismos perigosos podem ser encontrados em sua secreção. Um deles é o Angiostrongytus Costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Os sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito.
O outro é o Angiostrongylos Cantonensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.