Um morador do bairro Jardim das Araras, que contraiu dengue há poucos dias, denunciou o caso pedindo que as autoridades sanitárias punissem o responsável por propiciar o surgimento de focos do mosquito aedes aegypti no bairro. Uma averiguação dos agentes de endemias acabou revelando que o foco que vitimou o morador estava localizado em sua própria residência. Constrangido, o morador (que não teve o nome divulgado pela Gerência de Vigilância Ambiental) acabou sendo notificado.
O fato curioso aconteceu no início dessa semana. Porém, casos de dengue continuam sendo notificados pela GVA. Estima-se que de janeiro a julho, foram mais de 600 notificações. Como o período é de estiagem, o índice de focos larvais reduziu praticamente 90%, mas os registros de dengue acabam assustando as autoridades.
O coordenador do departamento, Claudiomiro Vieira, voltou a alertar a população para o perigo da proliferação do mosquito. Em visita às margens do antigo parque zoobotânico, Vieira observou que há um acúmulo de lixo que pode facilitar com que o mosquito se prolifere, transformando-se num grande perigo para a população.
“A gente pede que as pessoas tomem conta de seus quintais. Não adianta tirar o lixo de casa e colocá-lo na rua, terrenos baldios ou áreas públicas. Fazendo isso, a pessoa está apenas transferindo o problema”, explica, ao afirmar que o lixo, geralmente sacolas plásticos, copos descartáveis ou garrafas pet, acabam acumulando água criando condições para que o mosquito procrie. Postas, as ovas do mosquito podem sobreviver uma boa temporada sem água.
Claudiomiro alerta que a Vigilância Ambiental vai continuar o trabalho de fiscalização e de notificação, para que os moradores não abandonem vasilhames com água, caixas d’água mal fechadas e objetos que possam acumular água nos quintais. Se preciso, os fiscais vão multar os infratores rescidentes.