A Farmácia Básica da Policlínica Cidade Alta tem como objetivo fornecer medicamentos gratuitos à população. No entanto, houve falta de alguns nas unidades de saúde, no início do ano, devido a contaminação da dengue, de chikungunya e do Zika vírus, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypt. A diretora de gerenciamento da Farmácia Básica, Maria de Fátima Reis, explicou que "realmente faltam alguns remédios, como sempre faltaram. Por exemplo, fizemos R$ 100 mil de compras no mês de dezembro para suprir até o final do mês de janeiro deste ano. Mas, devido às contaminações das doenças pelo mosquito, soro, dipirona e os remédios essenciais para o tratamento, estão acabando mais cedo. Contudo, há uma nova licitação na prefeitura em andamento, mas até que se homologue e a gente possa comprar tem um prazo, e o tempo de entrega vai depender das empresas fornecedoras, se forem próximas e dentro do estado de Mato Grosso, pode demorar até vinte dias, porém, se for empresas de Curitiba (PR), Santa Catarina e Goiânia (GO) pode levar vários meses. Infelizmente, com a demora poderá faltar medicamentos nas prateleiras”, afirmou.
A diretora ainda citou que existem várias críticas porque tiveram que devolver vários medicamentos vencidos. De acordo com ela, a farmácia recebe críticas quando sobra e também quando há falta de remédios. “Não conseguimos agradar a todos, sem contar que existem medicamentos que a Prefeitura não pode comprar, devido à parceria entre o Governo Federal, Estadual e Municipal, e o recurso que o governo federal envia para a prefeitura comprar os remédios, para uma população de quase 70 mil habitantes, é de R$ 28 mil por mês. No entanto, eu gostaria de saber se com esta quantia nós conseguiríamos abastecer a todas as Unidades. Além disso, o município tem um mil e oitenta pacientes diabéticos e deste total quatrocentos são usuários dependentes de insulina, e o recurso que o Governo Federal envia para atender a população no Programa de diabéticos é de apenas sete mil reais, esta é a realidade”, enfatizou.
Maria de Fátima Reis destaca que atualmente mais de 70% dos recursos para saúde de Alta Floresta vem das verbas do município, segundo ela, o recurso destinado pelo governos estadual e federal é vergonhoso, isto demonstra um descaso por parte das autoridades com relação a nossa cidade. Segundo a diretora, “nós sofremos com o censo que foi realizado em Alta Floresta, na contagem da população somou um total de cinquenta mil, sendo que somos mais de 70 mil habitantes. Contudo, quem esta pagando as dívidas é o município. O Ministério de Saúde envia 28 mil reais para saúde, e nós temos como provar com os relatórios”, afirmou.
Contudo, a diretora falou que será realizado um novo planejamento entre a Prefeitura e a Secretaria de Saúde, “infelizmente o recurso que vai ser gerado é em torno de R$ 45 a R$ 50 mil para comprar medicamentos e atender a toda a população, mesmo assim é insuficiente. Assim que sair a licitação nós vamos fazer compras para suprir essas necessidades emergenciais”, declarou Fátima.
Segundo a diretora, há um projeto para construir uma farmácia centralizada em Alta Floresta, e nela os medicamentos não ficaram nas Unidades de Saúde, devido à exigência do Conselho Regional de Farmácia, que propõe um farmacêutico para cada unidade. De acordo com ela, não pode haver distribuição de remédios sem ter este profissional e o município não tem condições de contratar todos os farmacêuticos para suprir as 26 Unidades de Saúde. “Várias cidades do Estado já estão funcionando com este sistema, quando tivermos a farmácia centralizada, acredito que as reclamações e perdas de medicamentos irão acabar, é o que esperamos para o bem da população”, concluiu.
A informação é da assessoria.