Alta Floresta começou o ano registrando 6 casos de malária, metade do que foi verificado na primeira quinzena do ano passado, quando somaram 12. De acordo com o coordenador do departamento de Vigilância Ambiental, Claudiomiro Vieira, em todas as situações até o momento correspondem a importadas. “Cujo locais de infecção são em outros Estados, principalmente no Pará onde muitas pessoas trabalham em garimpos e, voltam para se tratarem em Alta Floresta”, explicou ao Só Notícias.
Com os casos identificados, Vieira destaca que estão sendo intensificados os trabalhos de prevenção, com o bloqueio, monitoramento e borrifação de inseticida nas áreas onde as vítimas moram, além da orientação, principalmente a aqueles que sentirem sintomas da doença para realizarem os exames e identificarem precocemente.
Dos seis registros, apenas um teve agravamento do quadro segundo Vieira. “Um caso não teve o primeiro diagnóstico médico para malária, foi tratado como outra doença, então teve o quadro agravado e só lá pelo sexto dia é que suspeitaram de malária, foi feito exame e confirmado e está sendo medicado adequadamente”, destacou.
Apesar do ano começar com baixos números, Claudiomiro reforça que o cenário é variável e os trabalhos de prevenção são fundamentais para manter os índices reduzidos e, também, evitar com que ocorra a transmissão da doença dentro da cidade.
Durante todo o ano passado, o departamento registrou 108 casos, sendo que apenas quatro foram contraídos em Alta Floresta. Alta de 200% ante 2010, quando foram apenas 36 registro, sendo apenas três contraídos na cidade.
Em Mato Grosso, conforme dados do Ministério da Saúde, os casos da doença reduziram cerca de 27% ano passado, somando 1,4 mil. No mesmo período em 2010, foram contabilizados 1,9 mil.
A malária é uma doença infecciosa aguda, causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles, que se infecta ao sugar o sangue de uma pessoa doente.
Em humanos, se não for tratada, a doença pode evoluir rapidamente para a forma grave e levar a óbito. Entre os sintomas, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O período de incubação varia de oito a 17 dias, podendo, entretanto, chegar a vários meses, em condições especiais.
A doença tem cura e o tratamento é gratuito.