A cada mil crianças nascidas em Mato Grosso, 19,20 morrem devido algum problema no período de um ano. Esta é a taxa de mortalidade infantil verificada em 2009 no Estado. O dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística integra a Síntese de Indicadores Sociais 2010, responsável por avaliar as condições de vida da população. A taxa mato-grossense é inferior à brasileira (22,5 por mil nascidos). Por outro lado, é a maior dentre os Estados que compõem o Centro-Oeste, onde a média geral da região foi de 17,80 por mil nascidos. Em Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal os índices variaram de 16,9 a mais de 18 por mil nascidos no ano passado. De acordo com o IBGE, após Mato Grosso, em Goiás verificou-se a segunda maior taxa de mortalidade infantil: 18,30. Na sequência apareceram Mato Grosso do Sul (16,90) e o Distrito Federal (15,80). A mortalidade infantil estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o primeiro ano de vida (mortalidade infantil clássica) e durante os cinco primeiros anos de vida (mortalidade de menores de 5 anos de idade).
Para o IBGE, elevadas taxas de mortalidade de menores de 5 anos de idade refletem, de modo geral, o desenvolvimento socioeconômico e a infra-estrutura ambiental precários, que condicionam a desnutrição infantil e as infecções a ela associadas. Somam-se a isso o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materno-infantil e o impacto das causas pós-neonatais a que estão expostas também as crianças entre 1 e 4 anos de idade.
A taxa de mortalidade infantil no Brasil continua em declínio, passando de 31,7%, em 1999, para 22,5%, em 2009, o que corresponde a uma queda de 29,0% no período. A melhoria das condições de habitação, particularmente o aumento relativo do número de domicílios com saneamento básico adequado, vem contribuindo para reduzir as mortes infantis. O Rio Grande do Sul foi o estado que registrou a menor taxa de mortalidade infantil em 2009 (12,7%), e Alagoas, com 46,4%, apresentou a mais elevada.