Três casos de meningite, sendo duas viral e uma bacteriana, foram registrados no mês passado no Hospital Municipal Albert Sabin. Uma criança morreu. Apesar dos registros, a equipe medica da unidade de saúde tranqüilizou a população sobre os registros. A doença é uma infecção dos tecidos que envolvem o cérebro e a medula espinhal, também chamados de meninges.
Os dois casos de meningite viral são de pacientes com nove anos de idade. Um deles reside em Nova Bandeirantes e já ganhou alta. O outro continua hospitalizado no Hospital Regional de Sorriso. O terceiro e mais grave, acometeu uma recém nascida. A garota, com 20 dias de vida, veio a óbito no final de abril. Ela estava com infecção urinária, o que pode ser a causa da meningite.
Ontem, a médica pediatra Maria Eugenia Lozzano, explicou que casos de meningite são comuns na região no período de troca de estação do período seco para o chuvoso, geralmente no mês de outubro. Ela acredita que mudanças climáticas observadas no mês de abril possibilitaram os surgimentos desses casos, considerados atípicos para a época do ano.
“Não há motivos para preocupação da população”, disse a médica.
No entanto, a pediatra pediu que os pais tomem providências quando perceberem alterações de saúde dos filhos. A primeira delas é evitar a automedicação e encaminhar a criança para avaliação médica. Os sintomas são dor de cabeça intensa, vômito, rigidez do pescoço e no caso dos recém-nascidos, a moleira fica estufada, como se houvesse um galo na cabeça da criança. Segundo Maria Eugenia, a ida ao médico possibilita o diagnostico preciso e o tratamento adequado.
“Se você se automedicar, dar antibiótico à criança que possivelmente está com meningite viral, que não precisa tratamento, ou meningite bacteriana, pode encobrir os sintomas e a gente depois demorar a detectar. O melhor há se fazer é muito liquido e encaminhar a criança ao médico”, destacou.