O ex-governador Silval voltou a depor, nesta quarta, sobre investigações da operação Liberdade de Extorsão, e negou que tenha sido vítima de extorsão supostamente praticada por um grupo de jornalistas de Cuiabá. Silval disse que não determinou o repasse de R$ 100 mil ao dono do grupo Millas de Comunicação, Antônio Carlos Millas, para que matérias sobre casos de corrupção em seu governo não fossem publicadas. Mas, segundo as investigações da Delegacia Fazendária (Defaz), o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf, teria repassado o valor ao jornalista, a mando do ex-governador, dois cheques no valor de R$ 30 mil e um de R$ 40 mil. “Todos [os donos de veículos de comunicação] chegavam até a mim quando não conseguiam receber [pelo serviço de publicidade] da Secretaria de Comunicação. Me lembro que o senhor Antônio Carlos esteve em meu gabinete afirmando que havia prestado serviço ao Governo do Estado, mas que não tinha recebido. Não me lembro de uma tentativa de extorsão, mas de uma pressão de Antônio Carlos”, expôs Silval que, depois do depoimentos, voltou para a cadeia.