Ainda no depoimento na CPI das obras da Copa, Eder Moraes também ouviu pergunta sobre o caso dos empréstimos fraudulentos, da Operação Ararath, que resultou na sua prisão. O deputado Wilson Santos questionou o ex-secretário sobre nota promissória no valor de R$ 2 milhões da Globo Fomento. Eder disse que "está em processo sigiloso e não tem nada com o Estado de Mato Grosso". O ex-secretário é acusado de ser operador de empréstimos feitos para uma empresa e dinheiro usado para pagar campanha e ajudar aliados políticos. A conta era paga pelo governo do Estado conforme delatou o empresário Junior Mendonça. Em depoimento ao Ministério Público, que foi gravado, no início do ano, Eder deu nomes dos beneficiados com a grana dos esquemas dos empréstimos fraudulentos. Ele citou, por exemplo, o prefeito de Sinop, Juarez Costa, de receber R$ 700 mil, para resolver o problema de sua "cassação". Ontem, na CPI, deixou sua coragem e bravatas de lado e resolveu avocar o "sigilo" para não responder o caso onde ele está bem enrolado e já foi para cadeia por conta disso.