A empresa que venceu a licitação para administrar a BR-163, entre Sinop e a divisa com Mato Grosso do Sul, também é citada na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), por suposta propina de R$ 1 milhão, que teria sido paga em 2010. Ele contou, em depoimento que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal, que diretores da Odebrecht lhe procuraram, no Palácio Paiaguás, e manifestaram que disputariam o edital de concessão da rodovia, pretendiam conhecer o potencial de Mato Grosso e o então governador detalhou a força econômica de cada região. Depois a empresa ganhou a licitação e pediu para Silval facilitar a liberação de licenças ambientais para fazer a obra. O ex-governador afirmou que, posteriormente, pediu para o diretor da Odebrecht, Alexandre Barradas, R$ 1 milhão de propina, "não se recordando como essa entrega ocorreu. Contudo, afirma que a referida doação não foi contabilizada".